Doenças renais já são uma epidemia mundial; confira algumas dicas

Thaís Mota - Hoje em Dia
14/03/2013 às 14:18.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:53
 (Sociedade Brasileira de Nefrologia)

(Sociedade Brasileira de Nefrologia)

  Problemas renais já são considerados por alguns especialistas como uma epidemia mundial. O número de casos de doenças nos rins tem crescido significativamente nos últimos anos e, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 10 milhões de pessoas têm algum tipo de disfunção renal no país. Além disso, o percentual de crescimento de transplantes renais cresceu 8,8% no Brasil em 2012.   Uma das justificativas para este aumento são os maus hábitos adotados pela população. Segundo o presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia, Fernando das Merces de Lucas Júnior, a ingestão de pouca água, consumo de medicamentos sem receita médica, especialmente anti-inflamatórios, além de passar muito tempo sem ir ao banheiro, podem aumentar os risco de infecções urinárias e formação de cálculos renais.   Mas como a doença é silenciosa e dificilmente apresenta sintomas, o nefrologista Fernando das Merces alerta para alguns fatores de risco. De acordo com o especialista, diabéticos, obesos e hipertensos tem uma propensão maior a apresentar doenças nos rins e devem fazer um acompanhamento médico sistemático. Além disso, o risco também é maior para os fumantes e para quem tem casos de problemas renais na família.    Tratamento   Ainda conforme o último censo da SBN existem em torno de 100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa de internação hospitalar de 4,6% ao mês e uma taxa de mortalidade 17% ao ano. Os dados apontam ainda que a maioria dos pacientes morrem sem sequer ter acesso ao tratamento, por falta de diagnóstico.   Esse diagnóstico pode ser realizado por meio de um exame de urina e da dosagem de creatinina no sangue e, se descoberta ainda no início, a doença pode ser tratada, retardando sua progressão e reduzindo as mortes. Já o tratamento pode ser feito a partir de medicamentos e, em casos mais avançados da doença, é necessário fazer diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) ou até mesmo o transplante do rim.   Campanha   Com o tema "Pare de agredir seu rim", a SBN coordenará atendimentos à população em todo o Brasil. Em Belo Horizonte há atendimento médico e orientações a pacientes de doenças renais no ambulatório de saúde renal do Pronto-Atendimento Médico (PAM) Sagrada Família, na região Leste. Além disso, folders explicativos são distribuídos em unidades de saúde e no Restaurante Popular do bairro Santa Efigênia, também na região Leste.

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