Sul de Minas mais atingido

Dono da lavoura destruída por granizo pode pedir indenização de seguro para cobrir prejuízos

Da Redação
Portal@hojeemdia.com.br
04/10/2022 às 20:57.
Atualizado em 04/10/2022 às 21:04
Culturas de café, feijão, hortaliças e frutas (citros, caqui, nectarina, pêssego, ameixa e abacate) são as mais afetadas pela chuvas de granito nos últimos dias (Emater / Divulgação)

Culturas de café, feijão, hortaliças e frutas (citros, caqui, nectarina, pêssego, ameixa e abacate) são as mais afetadas pela chuvas de granito nos últimos dias (Emater / Divulgação)

A produção de café, feijão, hortaliças, frutas cítricas, caqui, nectarina, pêssego, ameixa e abacate deve sofrer o impacto das fortes chuvas de granizo, que atingiram as regiões Sul, Zona da Mata e Centro-Oeste do estado nos últimos dias.

As plantas podem apresentar lesões causadas pelas pedras e que são porta de entrada para doenças fúngicas e bacterianas, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). 

“Recomendamos que (os produtores) procurem a assistência técnica da Emater para orientação da melhor forma de minimizar o problema. Não se precipitem em fazer podas, às vezes desnecessárias, ou usar produtos 'milagrosos'. Não façam nada sem um acompanhamento técnico”, alerta o coordenador técnico de Culturas da Emater-MG, Sérgio Brás Regina.

Uma força-tarefa com técnicos da Emater-MG faz, em campo, o mapeamento que vai indicar a extensão dos efeitos do granizo.

Dados preliminares do balanço da área atingida indicam que, somente no Sul de Minas, região com maior registro de perdas, foram mais de 20 municípios prejudicados, entre eles: 

  • São Gonçalo do Sapucaí,
  • Três Corações,
  • Cambuquira,
  • Campanha,
  • Turvolândia
  • e Careaçu.

“Assim como ocorreu nos momentos de geada e enchentes, vamos elaborar laudos gratuitos para os agricultores familiares atendidos pela Emater”, explica o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.

Seguro e crédito rural

Produtores que têm contrato de crédito rural junto às instituições financeiras, renovadas a partir de 1º de julho deste ano (safra 2022/2023) têm seguro, alerta a Emater. 

“Essas operações, principalmente aquelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), são cobertas pelo seguro do Proagro e Proagro Mais. O produtor tem um prazo de até três dias após o ocorrido para comunicar as perdas ao agente financeiro, que vai indicar qual profissional fará a vistoria da área afetada”, explica o coordenador estadual de Crédito Rural da Emater-MG, Willem de Araújo.

O registro dos estragos deve conter fotos das áreas de cultura devastadas. “O produtor deve tirar fotos das lavouras e também das instalações de criações de animais que foram afetadas. Ele deve ter em mãos as notas fiscais de compra de insumos e documentos de análise de solo para que possa solicitar o prêmio do seguro”.

Já os produtores que contratam diretamente um seguro rural devem procurar imediatamente a seguradora, para que um perito possa fazer a vistoria da propriedade. 

Em todos os casos, explica a Emater, o produtor não deve fazer nenhuma intervenção na lavoura antes da vistoria, para que não haja prejuízos na comprovação das perdas ocorridas.

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