Casal acompanha eclipse solar anular na Esplanada do Mineirão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Centenas de pessoas se reúnem na Esplanada do Mineirão neste sábado (14) para acompanhar o eclipse solar anular, um raro fenômeno astronômico. Dentre elas, o casal Thiago Correia e Fabíola. Thiago, que é cientista de dados e amante de experiências científicas, considera o fato como “especial”.
“Eu acompanho um canal de experiência científica com foco na questão astronômica e vi na agenda da UFMG que iria acontecer aqui no Mineirão. Corri e comprei os visores para acompanhar essa experiência única”, diz Thiago., que revelou ter encontrado dificuldades para comprar o visor devido a alta demanda.
O fato de ter a lente correta para acompanhar o eclipse também foi destacada por Fabíola. Ele recordou que, na infância, usava de outras artimanhas para não machucar as vistas. “Usávamos chapa de raio-x e filme fotográfico. Achávamos que estávamos fazendo certo. Então ter esse conhecimento de usar algo que vai realmente proteger as visitas e poder experienciar de forma certa é legal”, disse a engenheira ambiental.
Como o marido, Fabíola também enaltece a ciência. Segundo ela, “poder participar desses eventos de divulgação científica e poder presenciar torna ainda mais especial”. De acordo com cientistas, um fenômeno igual ao de hoje só acontecerá em 2027. Depois, apenas a nova geração poderá presenciar, já que só poderá ser visto em 2071.
O eclipse solar acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, escurecendo o astro por alguns minutos. Ele pode ser total, parcial ou anular. A última vez que um anular aconteceu no Brasil, foi em 1994. Apenas os moradores do Sul do país foram agraciados com o fenômeno naquela época.
Centenas de pessoas acompanham eclipse solar anular na Esplanada do Mineirão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
UFMG
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), levou para a Esplanada do Mineirão um telescópio com um filtro especial, para o público poder observar de maneira segura o fenômeno. Outros métodos, como a técnica pinhole e filtros de soldador nº 14, também serão utilizados.
UFMG disponibiliza telescópio com um filtro especial para público acompanhar o eclipse (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
A equipe do Núcleo de Astronomia do museu, que acompanhará a atividade, reforçou durante toda a semana a não utilização de óculos escuros e chapas de raio x para observação do eclipse. De acordo com o Núcleo, tais materiais não garantem uma proteção adequada aos olhos, podendo acarretar em danos graves à visão.
A Observação do Eclipse Solar Parcial teve início às 15h e duração aproximada de 3 horas. A participação é livre para o público de todas as idades, a partir de 6 anos.
Leia mais