A ex-prefeita de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel, é julgada, nesta segunda-feira (8), no Fórum Cível e Fazendário, no bairro Luxemburgo, região Centro-Sul de BH. Ela e outras sete pessoas são acusadas de participação no homicídio do jornalista Maurício Campos Rosa, dono do jornal “O Grito”, em agosto de 2016. Ela teria utilizado dinheiro dos cofres públicos para encomendar o crime. Além do homicídio, Roseli também será julgada por peculato.

O julgamento deve se estender durante todo o dia. Além da sentença da ex-prefeita, outros 4 réus devem ter as decisões definidas ainda hoje. Os outros três envolvidos no crime serão julgados na quarta-feira (10). O conselho de sentença é composto por sete mulheres.

Inicialmente, estavam programadas para serem ouvidas 20 testemunhas. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, 15 foram dispensadas.

O caso

Segundo a acusação, a ex-prefeita teria desviado cerca de R$ 20 mil dos cofres públicos de Santa Luzia para financiar o crime. De acordo com o Ministério Público, dias antes do assassinato, Roseli Pimentel teria sofrido ameaças.

O jornalista, segundo o processo, estava envolvido na campanha de Roseli para a Prefeitura da cidade e descobriu irregularidades. Ele passou a cobrar da ex-prefeita para não divulgar o caso. Ele foi morto no bairro Frimisa, após ser atingido por cinco tiros.

Em setembro de 2017, Roseli foi presa preventivamente. Ela conseguiu ter acesso à prisão domiciliar, com o uso de uma tornozeleira eletrônica, após conseguir um habeaas corpus.

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