A partir desta quarta

Expominas recebe congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Izamara Arcanjo - Especial para o Hoje em Dia
29/06/2022 às 11:55.
Atualizado em 29/06/2022 às 11:56
 (Expominas / Divulgação)

(Expominas / Divulgação)

Começa nesta quarta-feira (29), e vai até a próxima sexta-feira (1º), no Expominas, em Belo Horizonte, o congresso científico anual da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Será o primeiro evento totalmente presencial feito pela associação desde a decretação da pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A grande novidade do congresso será um centro de capacitação e treinamento feito a partir de simuladores e utilização da robótica, chamado pelos especialistas “Training Village”. Também será possível acompanhar tratamentos e demonstrações de casos que acontecerão ao vivo, conforme explica o presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), Ricardo Alves da Costa. “Esses tratamentos serão realizados ao vivo em hospitais do Brasil, dos Estados Unidos, da Europa e da China e teremos total interação com os médicos que estarão em campo para que possamos aprender e discutir os casos enquanto eles tratam o paciente”, garante Costa.

De acordo com Breno Falcão, diretor científico da SBHCI e coordenador científico do evento, esse é o maior encontro científico da cardiologia intervencionista do Brasil. Durante o congresso serão promovidas sessões científicas divididas em salas temáticas para a atualização, ensino e discussão de casos, além de diretrizes, recomendações, novidades e inovações da cardiologia intervencionista. “Promovemos continuamente a capacitação e o avanço da especialidade, mesmo durante o período mais agudo da pandemia. Em dois anos, foram organizados dois congressos virtuais com mais de 2000 participantes, cada um, e inúmeros convidados internacionais, além de mais de 50 webinares e cursos de educação médica continuada”, relata o médico.

Mas para o especialista, somente um evento presencial possibilita a interação, a socialização e união dos cardiologistas intervencionistas. “Além da troca de conhecimento e informações entre todos, fortalece nossa atuação profissional”, avalia Falcão.

Recorde de participantes e expositores

O congresso terá cerca de 1500 participantes e mais de 35 expositores, além de 10 convidados internacionais confirmados que fazem parte das grandes lideranças da área fora do Brasil. Devido a submissão recorde de trabalhos, também haverá muitas sessões dedicadas à apresentação de temas livres e casos clínicos, os quais concorrerão à premiação como forma de incentivo ao desenvolvimento da ciência nacional. Outro destaque do evento serão os simpósios que acontecerão ao longo da programação.

Impacto da pandemia ainda não acabou

Questões como as sequelas da pós-covid também serão discutidas ao longo do congresso, conta o presidente da SBHCI. Segundo Ricardo Costa, os profissionais da área de cardiologia estiveram todo o tempo na linha de frente do combate à pandemia de Covid-19 e ainda têm enfrentado os reflexos da doença nos pacientes. Apesar dos números ainda serem controversos, a Covid é uma doença que pode vir a afetar todo o sistema cardiovascular e deixar sequelas após uma infecção, até mesmo em pacientes jovens. “Estamos vendo na nossa prática clínica, pacientes com problemas que não são vistos comumente pessoas  com pouca idade. O indivíduo acometido pela Covid-19 desenvolve uma reação inflamatória muito importante. E essa inflamação pode afetar não somente o músculo do coração (miocardite), mas todo o sistema cardiovascular (artérias, veias e órgãos associados ao sistema cardiovascular)”, explica.

Ainda segundo Ricardo Costa, além da miocardite, a Covid-19 está associada a um aumento do número de fenômenos tromboembólicos, ou seja, a predisposição para formar coágulos.” Esses coágulos podem acometer veias, levando a trombose, e acometer as artérias, levando a embolia pulmonar, infarto do miocárdio e derrame cerebral, que é o AVC isquêmico”, alerta.

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