Ciência

Fábrica mineira vai produzir 20 milhões de unidades de insulina de longa duração por ano

Medicamento é feito em fábrica de Nova Lima, inaugurada hoje com a presença do presidente Lula

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
26/04/2024 às 12:58.
Atualizado em 26/04/2024 às 13:28
Presidente Lula participou da inauguração da fábrica nesta sexta-feira (Fernando Michel)

Presidente Lula participou da inauguração da fábrica nesta sexta-feira (Fernando Michel)

A farmacêutica Biomm terá capacidade de produzir 20 milhões de unidades de insulina glargina em Nova Lima, na Grande BH, por ano. Com investimentos de R$ 800 milhões, a fábrica foi inaugurada nesta sexta-feira (26), em evento que contou a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o governo federal, será possível atender a demanda da saúde pública e privada.

A fábrica tem 100 mil metros quadrados de área total, sendo 12 mil de área construída. O local também recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer o envase do produto, que antes era importado da China. No Brasil, 16 milhões de pessoas têm diabetes.

Segundo a ministra da saúde, Nisia Trindade, estima-se que o número de pessoas com diabetes ultrapasse 20 milhões nos próximos 5 anos.

"O que se faz aqui é garantia de vida para uma doença que temos que trabalhar com prevenção, mas em muitos casos não fugiremos da medicação, da insulina e de outros remédios que o SUS já oferece".

Produzida por meio da técnica de DNA recombinante, a glargina é uma variedade de insulina com duração de até 24 horas, maior que a humana. Pode ser aplicada sem horário predeterminado, e apenas uma vez ao dia, favorecendo um estilo de vida mais flexível aos pacientes, sem uma rotina tão rígida.

Eficaz na redução dos quadros de hipoglicemia, o medicamento pode ser usado por pessoas com diabetes tipos 1 e 2. 

De acordo com a Anvisa, “trata-se de importante marco para o Brasil, considerando o retorno da produção nacional de insulinas”.

Diretor presidente da Biomm, Heraldo Carvalho Marchezini comentou sobre a iniciativa da farmacêutica e afirmou que a produção de insulina é apenas o começo. Segundo ele, a empresa tem potencial de produzir outros medicamentos e até começar a exportá-los. 

"Iniciamos com a produção da insulina glargina, e temos potencial para a produção de vários outros medicamentos e também podemos ampliar, exportando para outros países sobretudo América Latina", destacou. 

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