O mistério envolvendo o assassinato de um brasileiro de 21 anos em Amsterdã, na Holanda, no fim de fevereiro, mobiliza autoridades europeias e o Itamaraty. O principal suspeito, que está preso, é um mineiro de Matipó, na Zona da Mata. Os dois eram amigos. A morte chegou a ser relacionada como um possível caso de canibalismo pela imprensa de Portugal, já que o detido tinha "pedaços de carne humana" em uma mala. Em meio às investigações, a família da vítima cobra urgentemente por justiça.

A mãe do rapaz assassinado procura explicações. Ela quer entender o que houve, mas acredita na culpa do mineiro. “Ele (suspeito) deve ter tido alucinações para fazer isso com meu filho. Nada vai trazer meu filho de volta, só quero que tudo seja esclarecido e que a justiça seja feita”, disse, em entrevista exibida nesse domingo (5) pelo Fantástico, da TV Globo.

O suspeito do crime tem 25 anos. Em um áudio enviado a amigos confessou o crime. Ele foi preso em Lisboa após tentar sair da Europa. O jovem foi flagrado no aeroporto da capital lusitana com um passaporte italiano falso. As autoridades portuguesas descobriram que havia um mandado de prisão contra ele expedido pelos Países Baixos. Na mala dele estavam roupas manchadas de sangue e os pedaços de carne humana.

Outro lado

Em Matipó, os parentes do suspeito também concederam entrevista à TV Globo. Eles acreditam em "legítima defesa". A mãe disse que conversou com o filho antes da prisão. Segundo ela, o rapaz contou que estava jantando na casa da vítima. Lá, segundo o mineiro, um vídeo de uma outra pessoa sendo esquartejada teria sido mostrado. Ainda conforme o relato à família, ele disse que a carne servida no jantar era humana.

Em seguida, o mineiro disse à família que teria sentido uma tonteira. Com a fraqueza, teria ficado na casa. No meio da noite teria acordado com a vítima tentando matá-lo e, por isso, se defendeu.

O jovem segue detido em uma unidade prisional de Lisboa. Ele deve ser conduzido para uma cadeia na Holanda. Segundo um jornal português, o próprio suspeito chegou a falar de canibalismo às autoridades. A carne encontrada na mala foi encaminhada para análise e, posteriormente, comprovada que era de origem humana. No entanto, não seria do brasileiro morto.

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