Para evitar as queimadas, muito comuns nesta época do ano, a força-tarefa Previncêndio, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), realizou o fogo preventivo e controlado em 23 parques e áreas de conservação ambiental. Isso ajuda a impedir que incêndios descontrolados afetem essas unidades durante o período de seca, segundo o IEF.

Dados do instituto apontam que de julho a outubro é registrado o maior número de queimadas. O fogo preventivo e controlado funciona justamente como uma atividade conservacionista prevista no Manejo Integrado do Fogo (MIF), do IEF, que também envolve o planejamento e o monitoramento das ações adotadas, a educação ambiental, os aspectos culturais, ecológicos e econômicos do fogo e até mesmo a recuperação de áreas atingidas pelas chamas.

Além das equipes do Previncêndio e dos brigadistas das unidades de conservação, o trabalho também envolve Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.

Manejo integrado do fogo 
O MIF é uma prática que envolve o uso de fogo para manejo de vegetação, nativa ou exótica, abrangendo técnicas como aceiro negro, queima de manchas na paisagem para propiciar um ambiente mais heterogêneo, além do fogo de supressão (combate) ou equivalentes, visando reduzir a ocorrência e a severidade dos incêndios florestais. 

Apesar de a queimada ser entendida como algo exclusivamente destrutivo pela maioria das pessoas, pode ser uma forma de prevenção de incêndios e de reequilíbrio ambiental, se feita de forma adequada, implementada por equipes com conhecimento técnico. De acordo com o Instituto Estadual de Florestas, no Estado é usada a mesma técnica de países como África do Sul, Estados Unidos, Espanha, Chile, Portugal e Austrália.

Clima quente e seco
De acordo com Heriberto Amaro, meteorologista do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a previsão é de que já no próximo bimestre – julho e agosto – Minas tenha temperatura até dois graus acima da média histórica. Outro ponto que preocupa é que nesse período a previsão de chuva é baixa e o clima deve ficar mais seco do que no mesmo período de 2022.

Segundo o meteorologista, isso se deve à ocorrência do fenômeno El Niño (aquecimento das águas do oceano Pacífico na altura do Equador). "Tende a ser um período seco semelhante ao que tivemos em 2015 e 2016, quando estávamos sob influência desse fenômeno", explicou Heriberto.

Veja a lista das unidades de conservação que passaram pelas queimada controlada:

(*) Com Agência Minas.

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