Pelo menos 70 obras devem ser concluídas até outubro em Belo Horizonte para conter o risco de deslizamento de encostas nas nove regionais da capital. A previsão foi dada pelo prefeito Fuad Noman (PSD) durante visita nesta terça-feira (18) a uma das obras que integram o Programa de Gestão do Risco Geológico-Geotécnico, no bairro São João Batista, região de Venda Nova.

Ao todo, serão feitas 200 obras até o fim de 2023 e o gasto previsto é de cerca de R$ 200 milhões. Para o período chuvoso deste ano, 70 intervenções, realizadas em 100 áreas da cidade, já devem estar prontas. Dessas, 26 já foram concluídas, 38 estão em andamento e outras quatro estão em processo de licitação.

O projeto é apresentado como forma de mitigar o perigo representado pelos deslizamentos de encostas na capital mineira. "O nosso objetivo é salvar vidas. Se salvarmos uma pessoa, já vamos estar no lucro. O mais importante é que as pessoas não corram risco de acordar de madrugada com o barro dentro de suas casas", disse o chefe do Executivo.

Segundo o prefeito da capital, dentre as obras estão a implementação de estruturas para conter o terreno e estabilizar as encostas, além de obras que levarão sistema de saneamento para regiões da cidade. A infiltração de água e esgoto de forma irregular no solo é um dos problemas que acentua o risco geológico nas encostas.

As obras são divididas entre projetos padrão, que são desenvolvidos a partir do Programa Estrutural em Área de Risco (Pear), elaborado por equipes da prefeitura; e os projetos específicos, que exigirão a contratação de profissionais de empresas que prestarão serviços ao município.

De acordo com Fuad Noman, em outubro as obras devem ser paralisadas por conta do período chuvoso e serão retomadas em março de 2023. Nesse período, a administração vai investir nos projetos específicos para as obras consideradas mais "delicadas".

"Nos vamos atacar o máximo possível de obras para as quais o projeto já está pronto. As obras mais complexas ficam para a segunda etapa que faremos no ano que vem. Mas, em um ou dois anos, vamos concluir todas as grandes encostas que temos problemas em BH", garantiu.

(*) Informações de Lucas Prates