A Justiça do Trabalho determinou que uma indústria de bebidas pague uma indenização de R$ 10 mil a um trabalhador que foi apelidado de “Patati Patatá” pelo gestor da empresa em que trabalhava. A decisão foi concedida pela Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), em Belo Horizonte.

A vítima, que trabalhava na área de marketing, alegou que sofria constrangimentos e humilhações. Segundo ele, o seu chefe utilizava expressões grosseiras como “B1 e B2”, “Patati Patatá” e “Tico e Teco”, na presença de todos os funcionários. “Teve uma convenção com 500 a 600 pessoas, foram chamados ao palco para serem apresentados e o apresentou como Tico e Teco, B1 e B2 e Banana de Pijama; não tinham nome para ele, era apelido”, disse uma testemunha, confirmando a versão.

A defesa da empresa alegou que o empregado sempre foi tratado com cordialidade. A argumentação não foi aceita pela juíza, que definiu uma indenização no valor de R$ 5 mil. Inconformado, o ex-funcionário pediu recurso.

Após novo julgamento, a juíza entendeu que ficou claro que a vítima se sentiu lesionada pelos constrangimentos. Com isso, ficou provada a culpa da empresa, podendo aumentar a indenização.

A pena de R$ 5 mil não condizia com a reparação necessária ao trabalhador, devidos aos danos psicológicos sofridos por ele. A empresa então foi condenada a pagar R$ 10 mil. O processo já está em fase de execução.

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