Uma comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas denunciou nessa quinta-feira (19) as violações dos direitos humanos cometidas pelos jihadistas na Síria, mas destacou que Damasco segue respondendo pela grande maioria das mortes de civis no país, com seus bombardeios indiscriminados.
A resolução não vinculante expressa "a indignação diante da escalada constante da violência" e será submetida à votação no plenário da Assembleia Geral em dezembro.
A guerra na Síria, deflagrada em março de 2011, já deixou 250 mil mortos e mais de 12 milhões de deslocados.
A resolução pede ao Conselho de Segurança que aja, e observa que a Corte Penal Internacional (CPI) tem competência para julgar os autores de crimes de guerra. Uma tentativa da CPI de abordar este tema foi vetada por Rússia e China.
A resolução foi aprovada por 115 votos, 51 países de abstiveram e 15 votaram contra, entre eles Rússia, China, Irã, Cuba e Venezuela.
O texto "condena energicamente os atos terroristas e de violência cometidos contra civis" por grupos como o Estado Islâmico e a Frente Al-Nosra, mas destaca que a comissão investigadora da ONU concluiu que "as autoridades sírias têm a responsabilidade pela maioria das vítimas civis, pois todos os dias matam e mutilam dezenas de civis".