Dois homens foram presos em Nova Serrana, região Centro-Oeste de Minas Gerais, sob suspeita de extorquirem mulheres pela internet. O esquema foi desarticulado pela polícia do Rio de Janeiro após denúncias de vítimas que teriam sido enganadas pelos aliciadores.

Utilizando um computador de uma lan house de Nova Serrana, um homem se passava por produtor de programas de TV e até fingia ser o atacante Neymar para convencer as vítimas a enviarem vídeos íntimos. Depois, ele pedia dinheiro das mulheres pra não divulgar as gravações. O dono da loja foi preso sob suspeita de ajudar na prática dos crimes.

O suspeito agia pelas redes sociais. Ele chegou a criar um perfil no Instagram em que dizia ser fotógrafo da revista Playboy. Primeiramente, ele entrou em contato com uma vítima, disse que gostou do perfil dela e pediu R$ 600 pra colocá-la numa falsa lista do programa Big Brother Brasil (BBB).

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Depois de convencer a menina, o falso fotógrafo disse que a tinha indicado para o craque Neymar Jr e que passaria um suposto contato do jogador para que os dois se conhecessem. Com um perfil falso em uma rede social, o homem conversava com a vítima como se fosse o craque e chegou a convidá-la para uma festa em Barcelona, onde o jogador vive. O falso Neymar disse que daria um jeito de conseguir um passaporte para a vítima e mais uma amiga o encontrarem na Espanha. Muitas meninas chegaram a conversar com o homem por vídeo acreditando ser o jogador brasileiro. Elas foram convencidas a tirar a roupa na webcam. Foi quando o ele começou a chantageá-las, dizendo que se elas não pagassem o dinheiro pedido, ele jogaria as gravações na rede.

Percebendo que as chantagens não iriam parar, as vítimas, cariocas, procuraram a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio de Janeiro. Os suspeitos foram identificados e detidos em Nova Serrana.

A Polícia já identificou, além das duas vítimas que fizeram a denúncia, pelo menos mais três mulheres que teriam caído no golpe dos mineiros só no Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro, o computador de onde o suspeito entrava em contato com as mulheres está sendo analisado. Fotos e vídeos de outras vítimas foram encontrados e o cruzamento de dados das imagens e nomes das mulheres está sendo feito.

*Colaborou Mariana Nogueira

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