Duplo Homicídio

Homem que matou fisiculturista e o filho dela em 2019 é condenado a 41 anos e 4 meses de prisão

Clara Mariz
@clara_mariz
23/03/2022 às 17:35.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:41

O homem suspeito de matar a ex-mulher e o filho dela a tiros no Ipiranga, região Nordeste de Belo Horizonte, em julho de 2019, foi condenado a 41 anos e 4 meses de prisão, que deverão ser cumpridos em regime fechado.

A condenação de Paulo Henrique Rocha foi anunciada nesta quarta-feira (23) após júri popular. O tempo estipulado da pena é a soma dos dois homicídios: pela morte de Tereza Cristina Peres de Almeida, ele vai cumprir 25 anos e 4 meses; e pelo assassinato de Gabriel Peres Mendes de Paula, ficará 16 anos presos.

Durante o julgamento, Paulo Henrique respondeu algumas perguntas feitas pelo juiz, mas decidiu pelo direito de ficar em silêncio na maior parte do tempo. No entanto, ele admitiu em plenário que matou as duas vítimas.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a condenação foi de acordo com a denúncia do Ministério Público (MP) de duplo homicídio qualificado, sem o reconhecimento da semi-imputabilidade (perda parcial da noção de praticar ato ilícito) alegada pela defesa.

Relembre o Caso 
Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e o filho dela, Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22, foram baleados quando voltavam da academia na noite de 29 de julho de 2019. Conforme as investigações, o ex-namorado de Tereza, Paulo Henrique Rocha, não aceitava o fim do relacionamento.

Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, o casal mantinha um relacionamento conturbado, marcado por ameaças e agressões. O suspeito também tinha ciúmes do filho da vítima e alegava um suposto romance entre eles. Na época, as intimidações levaram ao deferimento de medida protetiva contra o homem.

O MP também sustenta que o duplo homicídio foi cometido por motivo torpe (desprezível), considerando o desejo possessivo e a rejeição sofrida pelo acusado. O órgão também afirma que o crime "foi praticado contra mulher num evidente contexto de violência doméstica e familiar". 

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