Suspeita de abuso

Hospital diz que não houve estupro denunciado por paciente; Polícia Civil ainda investiga o caso

Clara Mariz
@clara_mariz
11/08/2022 às 13:13.
Atualizado em 11/08/2022 às 14:45
 (Divulgação/ Mater Dei)

(Divulgação/ Mater Dei)

O MaterDei informou nesta quinta-feira (11) que não houve abuso sexual contra uma paciente que estava internada na unidade da avenida do Contorno, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a unidade de saúde, a suspeita teria sido descartada durante os trabalhos da perícia. A Polícia Civil, no entanto, não confirma as informações. Conforme a corporação, as investigações ainda estão em andamento.   

A denúncia de estupro ocorreu na noite de segunda-feira (8). O boletim de ocorrência foi registrado após a mulher, de 38 anos, encontrar um líquido semelhante a esperma na urina e no short usado por ela, após passar por um procedimento cirúrgico.

De acordo com nota do MaterDei, os exames atestaram que a paciente não apresentava sinais de violência física nem foram identificados indícios espermáticos (de sêmen) nem de PSA (Antígeno Prostático Específico) no líquido viscoso presente no corpo dela. 

A instituição afirmou ainda que "segue criteriosamente as normas internacionais de segurança" e "repudia qualquer ação que contrarie o senso de responsabilidade e a segurança de seus pacientes".

Porém, a Polícia Civil informou a investigação sobre o suposto crime não foi concluída. Segundo a Chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, Renata Ribeiro Fagundes, trata-se de um trabalho complexo que requer a realização de várias diligências.

Denúncia

Conforme o marido da paciente, ele desconfiou do possível abuso após a esposa voltar do bloco cirúrgico e pedir para ir ao banheiro. Em depoimento prestado à Polícia Militar, a mulher relatou que foi levada para a sala de cirurgia por uma enfermeira e não sabe dizer se ela permaneceu no local durante o procedimento.

Ela ainda afirmou que viu o anestesista, um auxiliar e um outro homem, não identificado, e que até o momento que se lembra, o médico ainda não havia chegado. 

Ainda segundo a mulher, antes do procedimento ela não estava com nenhuma secreção vaginal, e que a última relação havia acontecido há cinco dias.

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