Grande BH

Igreja fecha acesso ao conjunto arquitetônico da Serra da Piedade, em Caeté, neste fim de semana

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
10/06/2022 às 20:15.
Atualizado em 10/06/2022 às 21:17
 (Arquidiocese de Belo Horizonte / Divulgação)

(Arquidiocese de Belo Horizonte / Divulgação)

O conjunto arquitetônico da Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de BH, vai ficar fechado no sábado (11) e no domingo (12), informa a Arquidiocese da capital.

Segundo a Igreja, a decisão foi tomada porque, no último final de semana, a ausência de controle de acesso levou à depredação do local e gerou congestionamentos.

Saíba quais atrações estarão fechadas neste fim de semana: 

  • Estação da Piedade
  • Restaurante
  • Cafeteria
  • Casa de hospedagem
  • Cripta São José
  • Basílica Estadual das Romarias
  • Ermida da Padroeira de Minas Gerais (Basílica Nossa Senhora da Piedade)

Ainda conforme a Arquidiocese de Belo Horizonte, a ausência de controle no acesso do público oferece também risco à fauna e à flora.

(Arquidiocese de BH / Divulgação)

(Arquidiocese de BH / Divulgação)

"A Igreja entende que, diante da notificação do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) para liberar o portão na AMG-1235, estrada interna de acesso à basílica, a falta de controle inviabiliza o sistema de agendamento de visitas, o controle de horário, do número de pessoas e veículos que vinha sendo feito pela Igreja há anos". 

A polêmica sobre o acesso ao santuário de Nossa Senhora da Piedade começou quando o Movimento Passe Livre, formado por moradores de Caeté, questionou a cobrança de R$ 10 para ter acesso ao conjunto arquitetônico.

Há alguns anos, a Arquidiocese instalou um portão na entrada da serra para controlar o acesso de cerca de cinco quilômetros até 
a basílica. Mas, como a estrada é estadual, o DER-MG notificou a Igreja para que o local fosse liberado.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou no caso e também pediu que a Arquidiocese de BH apresentasse uma prestação de contas sobre como o dinheiro arrecadado está sendo usado.

A Igreja justificou que os R$ 10 pagos pelos visitantes são investidos na manutenção de bombeiros civis, equipes de limpeza e sistemas de combate a focos de incêndio.

Diante da polêmica, no último fim de semana, a portaria foi desativada e cobrança da taxa interrompida. Sem controle, os motoristas ocuparam os dois lados da estrada e houve depredação nos banheiros.

Em nota, a Arquidiocese lembrou que o Santuário, que é um monumento natural, abriga espécies raras de animais e plantas, além de bens histórico-culturais, tombados pela União, Estado e Município.

"Preservá-lo como patrimônio privado de interesse público é um dever que a Igreja Católica vem cumprindo há séculos (...) Tornou-se impossível conciliar o turismo, peregrinações e a preservação, o que nos leva a essa indesejada, mas inevitável decisão pelo fechamento", escreveu a Arquidiocese.

Ainda de acordo com nota, a entidade declarou que espera que o diálogo e o bom-senso prevaleçam para que "o conjunto arquitetônico no alto da Serra volte, brevemente, a acolher fiéis e turistas, com segurança e sustentabilidade, cumprindo a sua importante vocação", conclui.

Já o DER-MG informou, também em nota, que a Mitra Arquidiocesana foi notiricada no dia 16 de maio para liberar o acesso. E que o órgão avalia tecnicamente a possibilidade de restrição de circulação de veículos no segmento, por razões de segurança viária, a partir do ponto onde se encontra a Estação da Piedade até o final da rodovia.

O departamento declarou ainda que todas as ações sobre a situação no local estão sendo acompanhadas pelo MPMG.

O Hoje em Dia entrou em contato com o Ministério Público, mas ainda não obteve resposta. 

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