Incêndio em convento franciscano no Caiçara é exemplo de problema comum em Minas

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
23/11/2016 às 22:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:47

Mais de 170 casos de incêndios em imóveis são registrados todos os meses em Minas, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Os números, na prática, são maiores, já que nem todas as ocorrências são atendidas pela corporação, principalmente no interior, onde muitos municípios sequer têm unidade militares. O alerta vale para todos, já que casos mais graves podem deixar vítimas, como ocorreu ontem durante incêndio em um convento no bairro Caiçara, região Noroeste de Belo Horizonte.

Uma freira de 82 anos morreu carbonizada dentro do quarto onde dormia no Convento São Francisco. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a vítima tinha dificuldades auditivas e não teria ouvido os avisos para sair do prédio quando as chamas começaram, por volta das 5h.

Outras três religiosas foram socorridas com intoxicação e irritação pela fumaça. Até o fechamento desta edição, o estado de saúde das vítimas não havia sido informado.A Polícia Civil já abriu inquérito para investigar as causas do incêndio que consumiu parte do prédio, que fica na avenida Presidente Carlos Luz, onde moram cerca de 50 freiras. O laudo deve ficar pronto em até 30 dias.

O convento tem dois anexos, sendo que o primeiro abriga o dormitório e, no segundo, funciona a área hospitalar. O fogo atingiu principalmente o local onde as freiras dormiam, que tem dois andares.

Por causa dos danos provocados pelas chamas, a Defesa Civil chegou a interditar todo o imóvel devido ao risco de desabamento. Mas, em nova vistoria realizada na tarde de ontem, definiu-se pela interdição apenas do segundo andar, local mais atingido pelas chamas. Lá, foram constatados danos de natureza grave em uma das lajes e viga, além do perigo de queda de revestimentos e rebocos.

Os responsáveis pelo convento, que pertence à rede Clarissas Franciscanas, foram notificados para realização dos reparos necessários para garantir a segurança no espaço. O acesso ao andar interditado só será liberado mediante avaliação da Defesa Civil após as intervenções previstas.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por