O frio e o tempo seco dos últimos dias em Belo Horizonte favorecem o aumento de casos de doenças respiratórias e reacendem alerta em meio ao relaxamento das medidas protetivas contra a Covid-19.

Para o infectologista Carlos Starling, que integrou o extinto Comitê de Enfrentamento à Covid da prefeitura de BH, independentemente de qual seja o vírus causador da infecção, a recomendação de isolamento é de, no mínimo, sete dias em caso de sintomas.

Conforme o especialista, circulam vários vírus respiratórios e esses quadros podem ser confundidos. Ele lembra que é importante chamar atenção pois são doenças que podem ser graves.

"Tanto faz se é Covid ou não. O tempo de isolamento mínimo é de sete dias. Pessoas com sintomas respiratórios devem ficar em casa, testando ou não testando”, explica.

‘Banalização dos cuidados’

Desde 28 de abril, o uso de máscaras como medida de prevenção à contaminação por Covid não é mais obrigatório em espaços fechados em Belo Horizonte.

Na avaliação do médico, o avanço da vacinação e a flexibilização das medidas geraram falsa sensação de segurança. Com isso, as pessoas minimizam sintomas, como tosses e espirros.

Para Starling, “as pessoas confundem flexibilização com banalização de cuidados”, principalmente com relação às máscaras. “Flexibilização não quer dizer que você não tenha que usar. É importante que essa medida continue. O que é óbvio não precisa ser obrigatório”, declarou.

O infectologista também reforça a importância da vacinação para Covid e para o vírus causador da gripe.

Atualmente, BH tem 86,7% da população total vacinada com duas doses contra a Covid-19, conforme dados do boletim epidemiológico mais recente divulgado pela prefeitura. Para informações sobre vacinação contra Covid, acesse o link.

A campanha de vacinação contra o vírus da Influenza também continua na capital, nos postos de saúde e drive-thru. Todas as informações, público-alvo, locais e horários, estão disponíveis no site da prefeitura.