Justiça adia julgamento e acusado de matar argentina grávida tem liberdade revogada

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
06/12/2016 às 15:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:58
 (Reprodução/Carlos Roberto)

(Reprodução/Carlos Roberto)

O julgamento do técnico em eletrônica José Antônio Mendes de Jesus, acusado de matar a esposa, a argentina Maria Silvina Valéria Perroti, de 33 anos, passou para o dia 17 de março de 2017. O crime aconteceu em fevereiro de 2013, e o júri estava previsto para esta terça-feira (6), no Fórum Lafayette, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Além do adiamento do julgamento, a Justiça decretou a prisão do acusado.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG), a audiência seria realizada no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Antes da audiência ser iniciada pelo juiz Glauco Soares Fernandes, representante do advogado de defesa do acusado entregou um atestado médico informando que estava com problemas de saúde, o que fez o júri ser remarcado.

Ainda de acordo com a assessoria do Fórum, a promotoria requisitou ao juiz a revogação do direito à liberdade provisória do técnico em eletrônica. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o acusado descumpriu a medida de não sair de casa em horário determinado. José Antônio respondia ao processo em liberdade por ser réu primário e não ter requisitos para a prisão preventiva.

Com a determinação, o acusado foi preso e encaminhado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A reportagem tentou contato com o advogado de defesa de José Antônio, mas ninguém atendeu às ligações.

O crime

Maria Silvina estava no sexto mês de gestação quando foi baleada na cabeça e jogada em um lote vago. Para a polícia, José Antônio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado, quando o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Maria Silvina foi baleada e jogada para fora do carro. Um dos ladrões teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. Valéria, como era mais conhecida, chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, por meio de uma cesariana de emergência, conseguiu salvar o bebê.

O inquérito do crime foi encerrado em abril de 2014. José Antônio foi indiciado por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima – e tentativa de aborto. Ele chegou a ser preso no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) São Cristóvão, mas foi liberado dois dias depois. O juiz Carlos Roberto Loyola entendeu à época que a prisão dele não teve fundamento em provas da autoria da morte da empresária.  

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