Ladrões de celular atacam em seis de cada 10 ruas de Belo Horizonte

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
30/10/2017 às 06:00.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:26
 (PEDRO GONTIJO)

(PEDRO GONTIJO)

Mais da metade das ruas de Belo Horizonte registraram pelo menos um roubo de celular nos últimos três anos. São cerca de 6.700 vias marcadas pela ação de criminosos que, segundo especialistas, elegeram o aparelho como alvo predileto. Apenas de janeiro a setembro de 2017, a capital contabilizou mais de 23 mil ocorrências dessa natureza conforme dados da Polícia Militar.

No ranking de logradouros com maior foco do problema, a avenida Cristiano Machado lidera com 589 roubos de celular registrados no período. 

Em seguida, está a rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova, com 398 ocorrências registradas nesses meses. Um crescimento de quase 40% em relação à mesma época de 2016.

Quem transita por lá afirma que os ataques a pedestres já se tornaram algo comum. É o caso do estudante de publicidade Lucas Gomes, que foi alvo de bandidos armados no local em plena luz do dia. 

Ele percebeu que estava sendo seguido e atravessou a rua na tentativa de escapar, mas, ao chegar do outro lado, foi abordado pelo criminoso. “Eram 13h. Ele mostrou o revólver, pediu que eu desbloqueasse o celular e tirasse meu chip antes de entregar para ele. Meu aparelho custava R$ 1.700 e só tinha quatro meses de uso”, lamenta. 

A pouco menos de 300 metros dali, já na avenida Vilarinho, Anísio da Silva, funcionário da padaria Renault, foi vítima de outro assalto enquanto esperava o ônibus no fim do expediente. “O ladrão chegou a pé, com um capacete na mão, e levou meu telefone. Depois disso, aconteceu de novo com várias pessoas no mesmo ponto”, relata. 

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A menos de dois quilômetros do local, na Cristiano Machado, em frente ao Shopping Estação, o problema se repete. Usuários do transporte coletivo alegam que os roubos são diários e sempre nos horários de saída das faculdades que estão instaladas nas proximidades. 

Funcionária de uma loja de celulares do mall e usuária do transporte público, Ingrid Rosenberg explica que o problema tem sido percebido na procura de clientes que querem fazer seguro do aparelho.

“Percebemos que tem muita gente acionando o seguro. Aqui nos arredores do shopping acontecem roubos todos os dias. É algo constante”, afirma.

Prejuízo

Quem não tem seguro e vira alvo dos assaltantes é obrigado a assumir o prejuízo. No caso de João Victor Belchior, estudante de Ciências Contábeis, o rombo foi de aproximadamente R$ 800. 

“O indivíduo chegou armado e, além do meu celular, levou as bolsas de várias mulheres que esperavam pelo ônibus”, relembra.Editoria de Arte / N/A

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