Pelo menos na teoria, usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte fecharam a semana com duas boas notícias. Segundo o governo do Estado, que cedeu a operação do metrô à iniciativa privada, o tempo das viagens diminuiu. A duração do percurso do Eldorado, em Contagem, até a plataforma Central, em BH, teria caído de 25 minutos e 42 segundos, em março, para 18 minutos e 54 segundos em junho. A mudança seria resultado de novas estratégias operacionais. 

Já para quem anda de ônibus, após dois meses pagando R$ 6 pela passagem de ônibus, os belo-horizontinos podem estar mais próximos de voltar a desembolsar o preço antigo, R$ 4,50. Com a aprovação em segundo turno pela Câmara Municipal (CMBH), na sexta-feira (23), do projeto de lei que prevê subsídio de R$ 512 milhões às empresas de ônibus, a previsão é a de que, em até 15 dias úteis, a medida passe a valer. Esse é o prazo legal para o prefeito Fuad Noman sancionar ou vetar a proposta.

Na próxima terça-feira (27), o projeto deve passar pela Comissão de Legislação e Justiça da CMBH, para receber a redação final. Em seguida, na quarta, será enviado ao prefeito. A partir daí passam a ser contados os 15 dias úteis.

Seguindo o que prevê a Lei Orgânica do Município, caso o prefeito não tome uma decisão nesse prazo, ele terá mais 48 horas para sancionar ou vetar o texto. Encerrado o novo período, o presidente da Câmara Municipal promulgará a lei.

Apesar do prazo previsto em lei, o chefe do Legislativo na capital, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), espera a aprovação do prefeito antes desse tempo. “Hoje, com a aprovação do projeto de lei, está na mão do prefeito voltar a passagem para R$ 4,50 o quanto antes. O projeto vai para a Comissão de Legislação e eu espero que na semana que vem a passagem volte para o valor anterior”, afirmou Gabriel nas redes sociais.

A proposta de subsídio às empresas de ônibus de BH foi aprovada com 37 votos favoráveis e três contrários, em segundo turno, e na forma de substitutivo. O aporte de recursos depende do aumento da qualidade do serviço, uma vez que as viagens realizadas fora do horário, em veículos sem o correto funcionamento do ar-condicionado e sem manutenção e limpezas adequadas, não serão consideradas para recebimento dos valores previstos.

Além de estabelecer o valor final do subsídio, o substitutivo prevê, ainda, tarifa zero para moradores de vilas e favelas, passe -livre para estudantes e pessoas em tratamento de saúde, além do auxílio transporte para famílias em situação de vulnerabilidade extrema e mulheres vítimas de violência.

Metrô

O tempo médio das viagens de metrô entre a estação Eldorado, em Contagem, e a estação Central, em Belo Horizonte, foi reduzido de 25 minutos e 42 segundos (em março) para 18 minutos e 54 segundos (em junho).

No sentido contrário, entre a estação Vilarinho e a estação Central, passou de 25 minutos e 42 segundos em março para 25 minutos e 30 segundos em junho.
A redução foi possível a partir da utilização de novas estratégias operacionais. A expectativa da empresa que assumiu o serviço é a de que o tempo seja reduzido ainda mais nos próximos meses.

Concessão

O metrô da Região Metropolitana de BH foi concedido à iniciativa privada em 22 de dezembro do ano passado, em leilão realizado na Bolsa de Valores, em São Paulo. O consórcio Comporte Participações foi o vencedor da disputa.
O sistema tem potencial para beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente após investimentos. 

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