Braços cruzados

Metroviários decidem manter greve do metrô de BH e marcam manifestação em Brasília

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
25/02/2023 às 13:14.
Atualizado em 25/02/2023 às 13:16
 (Valéria Marques/ Hoje em Dia)

(Valéria Marques/ Hoje em Dia)

Os metroviários decidiram manter a greve ao menos até a próxima quarta-feira (1°), quando a categoria irá realizar uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento. O anúncio foi feito após reunião realizada neste sábado (25) entre o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) e os funcionários. 

O serviço de transporte está paralisado na capital desde a terça (14). A categoria pede garantias de manutenção dos empregos junto ao Governo Federal para mais de 1,6 mil funcionários que temem serem demitidos ou realocados após a privatização.

A greve atinge cerca de 100 mil usuários que dependem do transporte para se locomover na capital. Na última segunda-feira (23), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) divulgou balanço revelando que o movimento atual já gera prejuízo de R$ 6 milhões na operação. O número também inclui o aumento do movimento previsto durante o Carnaval 2023, com estimativa de aumento do número de passageiros.

No dia 15 de fevereiro, o TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais) concedeu uma liminar que determina a escala mínima de funcionamento diário de 70% dos trens. No entanto, a medida não é cumprida pela categoria e as estações seguem fechadas. 

Manifestação em Brasília

De acordo com a presidente do Sindimetro-MG, Alda Lúcia dos Santos, representantes da categoria devem ir a Brasília nesta segunda-feira (27), para tentar uma audiência com o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) pedindo para que seja cumprida a promessa de que o metrô não seria privatizado.

Ainda conforme a presidente do sindicato, o contrato com o Grupo Comporte será assinado no próximo dia 10 e os trabalhadores ainda não sabem o que será feito depois.

"A princípio, a gente tem 12 meses de estabilidade, mas isso não quer dizer nada. O sindicato não foi chamado para conversar. Entendemos que o governo Federal precisa nos dar uma resposta. Qual é o nosso destino? Para onde nós iremos?", reclama.

Uma nova assembleia está marcada para quarta-feira (1º), às 17h, na Estação Central do metrô de Belo Horizonte. Na ocasião, os trabalhadores devem votar se seguem ou não paralisados. Essa é a segunda vez que a categoria cruza os braços nos últimos 2 meses.

Leilão 

Após anos de tratativas, o leilão do metrô de BH foi realizado em 22 de dezembro do ano passado. O pregão foi arrematado pela Comporte Participações S/A, de São Paulo, pelo valor de R$ 25.755.111. Os metroviários agora pedem que o presidente Lula não sancione o texto que prevê a privatização. 

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