Moradores de Janaúba estão mobilizados em prol de vítimas e parentes de atentado

Ana Júlia Goulart e Mariana Durães
horizontes@hojeemdia.com.br
06/10/2017 às 06:00.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:06
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

A tragédia na creche Gente Inocente deu início a uma corrente de solidariedade. Durante todo o dia, mensagens circulavam pelas redes sociais anunciando acolhimento de parentes das vítimas encaminhadas para Montes Claros, a 140 quilômetros de Janaúba.

Pelo Facebook, moradores se ofereceram para dar abrigo, banho e alimentação para os pais das crianças que viajaram para acompanhar os filhos. “A psicóloga da prefeitura me ligou e avisou que pelo menos uma mãe já viria aqui para casa”, disse a cozinheira Edisa Rosa de Andrade, de 40 anos, uma das voluntárias. 

“Quando soubemos da tragédia, a gente se ofereceu para dar alguma ajuda para quem vier acompanhar os filhos”, afirmou. A irmã de Edisa, Darciza de Rosa Andrade, de 46 anos, também é uma das voluntárias. As irmãs repassaram os telefones para conhecidos da região. 

Socorro

Crianças e professores feridos no ataque foram inicialmente levados para hospitais de Janaúba. Ainda há vítimas no município. Outras, inclusive crianças entubadas, no hospital Fundação de Assistência Social (Fundajan).

Algumas pessoas em estado grave foram transferidas para a Santa Casa de Montes Claros. Um outro centro de saúde da cidade, o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira, espera receber pacientes. Eles não foram transferidos até o momento por não ter condições de suportarem a viagem em função do estado de saúde.

Quatro alunos da creche chegaram no início da noite de ontem ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, em BH. Duas crianças, que tiveram 80% e 35% dos corpos queimados, estavam no bloco cirúrgico até o fechamento desta edição. Elas passavam por um procedimento para retirar a pele queimada.

As outras, uma de 3 e de 5 anos, tiveram 10% e 35% dos corpos feridos. De acordo com o diretor técnico e gerente assistencial do HPS, Marcelo Lopes Ribeiro, “todas elas correm risco de morrer”. A previsão era a de que mais quatro crianças fossem levadas ainda ontem para o hospital.

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