4 anos do rompimento

Movimento Atingidos por Barragem cobra punição aos responsáveis por tragédia em Brumadinho

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
25/01/2023 às 11:09.
Atualizado em 25/01/2023 às 11:14
 (Pedro Faria/Hoje em Dia)

(Pedro Faria/Hoje em Dia)

Na manhã desta quarta-feira (25), data que marca os quatro anos do rompimento da barragem de Brumadinho, na região Metropolitana de Belo Horizonte, integrantes do Movimento Atingidos por Barragem (MAB) cobraram a responsabilização criminal dos responsáveis pela tragédia. 

O ato foi ralizado durante o congresso organizado pela entidade no auditório da faculdade de Direito da UFMG, no Centro da capital. Faixas pedindo empenho das autoridades no caso foram espalhadas no local. 

Os atingidos também pedem que a Vale melhore as condições de segurança das barragens no Estado e que pague as indenizações que ainda não foram repassadas para as vitimas. “Luta por justiça, reparação e segurança”, cantavam os presentes no auditório. 

O evento conta com a presença do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Após o ato, os atingidos vão até Brumadinho, onde participarão  da programação oficial dos quatro anos do rompimento.

Tragédia em Brumadinho

A Barragem do Córrego do Feijão, da Vale, se rompeu no dia 25 de janeiro de 2019, deixando 270 mortos, mas as famílias também incluem na conta dois bebês, uma vez que duas vítimas estavam grávidas. Três pessoas ainda não foram encontradas. 

A tragédia também contaminou o Rio Paraopeba, um dos afluentes do Rio São Francisco. Os rejeitos devastaram a área administrativa da mineradora, incluindo o refeitório, onde muitos trabalhadores almoçavam na hora do rompimento.

O que diz a Vale?

Na terça (24), a Justiça Federal aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra 16 pessoas e as empresas Vale e Tüv Süd pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão. 

Sobre a decisão, em nota, a Vale reafirmou seu "profundo respeito pelas famílias impactadas direta e indiretamente pelo rompimento da barragem e que segue comprometida com a reparação e compensação dos danos". A companhia reforçou que sempre pautou suas atividades por "premissas de segurança".

O advogado David Rechulski, da defesa jurídica da mineradora, declarou que o recebimento formal da denúncia do MPF teve como objetivo evitar-se a prescrição dos crimes ambientais.

O defensor disse ainda que "não causa surpresa que uma denúncia de 477 folhas, capeando mais de 80 volumes, num total de mais de 24 mil páginas, tenha sido recebida em menos de 24 horas".

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