Estelionato e lavagem de dinheiro

MP cumpre mandados contra suspeitos de utilizar nomes do alto escalão da polícia em golpes em Minas

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
05/07/2023 às 18:05.
Atualizado em 05/07/2023 às 18:25
 (MPMG / Divulgação)

(MPMG / Divulgação)

Seis mandados de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira (5) durante “Operação O Ilusionista 2”, que investiga organização criminosa voltada para a prática de estelionato e lavagem de dinheiro contra policiais militares, das Forças Armadas da reserva e pensionistas em Minas e no Espírito Santo.

De acordo com o Ministério Público de Minas, responsável pelas investigações, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça nos municípios de Mateus Leme, Região Central, e em Vila Velha, no Espírito Santo. Além disso, a operação cumpriu um mandado de prisão preventiva.

Os trabalhos contam com o apoio da 7ª Companhia Independente da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Militar capixaba, além da Guarda Municipal de Vila Velha.

O golpe

Segundo as investigações, os criminosos, com uma história bem arquitetada e com a estrutura disponibilizada pela organização, convenciam as vítimas a depositarem valores referentes a falsos honorários ou custas processuais em contas bancárias informadas pelo grupo, sob a alegação de que deveriam efetuar tais pagamentos para obter a liberação do dinheiro da aposentadoria.

Eles utilizavam, ainda, nomes de autoridades do alto-comando da Polícia Militar para conferir mais credibilidade aos argumentos ardilosos utilizados para convencer as vítimas.

Fase I da operação

A primeira fase da "Operação O Ilusionista" foi deflagrada em 15 de março de 2023, ocasião em que foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em seis cidades mineiras. Contudo, constatou-se que vários golpes continuaram sendo aplicados seguindo a mesma metodologia, o que evidenciou a existência de outros membros até então ainda não identificados.

O nome da operação é uma referência às estratégias ardilosas utilizadas pelos criminosos para criarem nas vítimas a ilusão de que teriam grandes quantias a receber em ações judiciais que, na verdade, nunca existiram.

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