(UFMG/Divulgação)
A pior fase da contaminação pelo novo coronavírus em Belo Horizonte já passou, indica o projeto-piloto que monitora a presença do patógeno na rede de esgoto da capital mineira. O boletim divulgado nesta sexta-feira (28) estima que são cerca de 110 mil pessoas infectadas na cidade. Na semana passada, a estimativa era de 170 mil.
Realizado pela UFMG em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), o projeto identificou que o auge da epidemia de Covid na capital mineira aconteceu na segunda quinzena de julho. Naquela ocasião, a análise em amostras do esgoto indicou uma estimativa de 850 mil infectados. A epidemia vem sendo analisada pelos pesquisadores ao longo de 13 semanas.
“Pela primeira vez desde a semana epidemiológica 25, nenhuma das sub-bacias monitoradas em Belo Horizonte apresentou percentual de população infectada estimada acima de 30%, o que sugere tendência de declínio na população infectada tanto nos correspondentes bairros de abrangência, quanto no município de forma geral”, diz trecho do relatório apresentado no boletim desta sexta-feira.
Vale lembrar que não há evidências da transmissão do vírus através das fezes (transmissão feco-oral). O objetivo da pesquisa é mapear os esgotos para indicar áreas com maior incidência da Covid. A partir da quantidade de vírus localizada nas amostras é possível mensurar quantos indivíduos usuários daquela rede de esgoto estão infectados.
O projeto é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).