'Nuvem' de aleluias em BH bomba nas redes sociais; saiba mais sobre o inseto

Alessandra Dantas
adantas@hojeemdia.com.br
11/08/2021 às 21:31.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:39
 (Reprodução Redes Sociais)

(Reprodução Redes Sociais)

Comentários sobre os famosos bichinhos de luz - na boca do povo aleluias - que invadiram os lares dos belo-horizontinos na noite desta quarta-feira (11) movimentaram as redes sociais. Muitos falaram sobre a presença do inseto próximo às lâmpadas, e os incômodos causados. Mas, além da perturbação, há motivo para preocupação? 

Em geral, não há. Esses animais nada mais são do que cupins. O biólogo e professor aposentado da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Lúcio Antônio de Oliveira Campos explicou que as aleluias são "formas sexuadas de cupins alados", ou seja, formas desse animal que voam e reproduzem.

De acordo com o professor, é uma minoria que consegue fundar ninhos e danificar os móveis. "Normalmente, não faz nada. Elas não picam, só sujam os ambientes com as asas. Depois que caem ao solo, perdem as asas e formam casais”.

Nas redes sociais também foi feita a associação da presença do inseto, também chamado de siriri, com as chuvas. Porém, não previsão de precipitações na capital, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para os próximos dias, os termômetros devem bater 25ºC, com poucas nuvens e baixa umidade.

Por isso, a presença dos cupins alados causou surpresa até mesmo ao biólogo Campos. "Provavelmente, essa saída deles dos ninhos tem a ver com o aumento da temperatura nos últimos dias, o que pode indicar alguma mudança de tempo, por uma questão de adaptação”, afirmou.

Na área urbana, esses insetos de hábito noturno são atraídos pela luz por um fator de orientação. Para mantê-los afastados, o professor dá uma sugestão bem prática e eficaz: “Manter as janelas fechadas ou mesmo apagar as lâmpadas que são desnecessárias onde está entrando muito cupim”. 

Prevenção

O professor da UFV alerta para o cuidado com os livros. Como os cupins, em geral, não se alimentam apenas de madeira, mas de celulose. “Principalmente material que está há muito tempo sem ser mexido e não esta protegido tem que ser verificado e acondicionado corretamente para evitar que os cupins ataquem”, orientou.

Eu odeio aleluia com todas as minhas forças, só o fato de pensar que esse bicho pode entrar no meu ouvido já me incomoda— Gabriella com dois L (@Gabriella030903) August 11, 2021
Bichinhos de luz estão aos montes aqui no #trindependencia pic.twitter.com/9n903AnWd7— Gabriel Duarte (@gabrielc_duarte) August 11, 2021
Cheio de aleluia na luz e uma cigarra começou a cantar, será q a chuva vai chegar?— Diiego (@diego_best_) August 11, 2021
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