Abastecimento retomado

Obra provisória em adutora está em fase final e rodízio de água na Grande BH deve acabar até domingo

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeeemdia.com.br
17/03/2022 às 18:10.
Atualizado em 17/03/2022 às 18:13
 (Guga Ribeiro/ Divulgação)

(Guga Ribeiro/ Divulgação)

A segunda etapa de obras para reconstrução de uma adutora rompida sobre o rio Paraopeba em Juatuba, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), está em fase final de testes e começa a operar até domingo (20), segundo planejamento da Copasa. Com a conclusão do trabalho, o rodízio de abastecimento na Grande BH chegará ao fim.

Este estágio da reconstrução não é o definitivo, que ainda levará seis meses, e faz uso de uma adutora com diâmetro menor do que a original. Mesmo com uma capacidade reduzida de transporte de água, o abastecimento da RMBH voltará ao normal. 

Isso se dá porque o sistema Serra Azul, ao qual a adutora rompida pertencia, não operava com sua potência total, segundo a Copasa. O material de diâmetro menor foi comprado porque, segundo a empresa, diante da urgência da situação, era disponível com mais facilidade no mercado.

“Não quer dizer que todos os quilômetros de tubulação reduziram o diâmetro, apenas essa pequena extensão. O que não reduz consideravelmente nossa capacidade de distribuição até o sistema integrado”, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (17), o diretor geral de operações da Copasa, Guilherme Frasson.

O Serra Azul é responsável pelo abastecimento de cerca de 15% da Grande BH e integra a rede metropolitana junto dos sistemas Rio Manso e Várzea das Flores. A avaria na adutora, que se rompeu em 2 de março, afetou a disponibilidade hídrica em 32 bairros da RMBH durante duas semanas.

A Copasa trabalha com a hipótese de vandalismo como causa do rompimento da estrutura. A Polícia Civil investiga um incêndio na região, ocorrido antes do estrago.

Travessia

O diretor geral da Copasa afirma que a obra definitiva de reconstrução do trecho do sistema Serra Azul levará em conta fatores que podem deteriorar a adutora, como enchentes e o uso da estrutura como travessia do rio Paraopeba por pessoas que passam pelo trecho.

“Na verdade, a função da Copasa não é fazer uma ponte para pedestres, é criar uma treliça, que é uma estrutura suporte para passar uma adutora. Infelizmente, as pessoas se utilizam dessa treliça para passar. Já um arco gera uma condição mais difícil. Isso quem vai definir não somos nós da operação, serão os projetistas que foram contratados e, certamente, o nível da travessia será elevado porque de forma recorrente as enchentes no sistema paraopeba estão aumentando pelo assoreamento”, destaca Guilherme Frasson.

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