Oito mandados de prisão e oito de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia em Varginha, no Sul de Minas, nesta quinta-feira (4). A operação de combate ao tráfico de drogas tinha como alvo quadrilhas de dentro de presídios que usam violência e ameaça.
As ações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Ministério Público e fazem parte da 2ª fase da operação Áquila, com objetivo de desmantelar a associação criminosa que teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e com quadrilhas do Rio de Janeiro.
Segundo as investigações, um advogado, já denunciado na operação Penitência por participar do esquema de corrupção no sistema prisional, passou a intermediar negociações ligadas à atividade criminosa envolvendo detentos.
O advogado teria usado das prerrogativas da profissão e do livre acesso ao presídio de Varginha durante as visitas jurídicas.
A operação contou com a participação de 30 policiais militares, dois policiais civis e um promotor de Justiça, além de 11 viaturas. As investigações duraram aproximadamente seis meses.
De acordo com o Gaeco, um dos denunciados atirou em frente à casa de uma das vítimas como forma de intimidação. Um cachorro que estava no imóvel chegpou a ser atingido.
Entenda o que é a Operação Áquila
Em fevereiro deste ano, foi realizada a primeira fase da operação Áquila, que gerou cinco denúncias contra 14 pessoas pela prática de 75 crimes ligados ao tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Na época, foram cumpridos 29 mandados de prisão e apreensão. As ações penais se encontram na fase final e a maior parte dos acusados permanece presa.
Operação Penitência
A operação Penitência foi deflagrada em março deste ano com objetivo de desmantelar uma organização criminosa, em Varginha, que cometia crimes de corrupção passiva, receptação e embaraço às investigações, tudo no âmbito prisional, com participação de diretores, policiais penais, advogados e intermediários.
Na época, foram oferecidas duas denúncias, contra seis pessoas, pela prática de 18 crimes. Durante a operação foram cumpridos 18 mandados, sendo 12 de busca e apreensão e seis de prisão.
As ações penais se encontram na fase de instrução e prosseguem presos todos os policiais penais.
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