(TSE/Divulgação)
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) investiga uma possível compra ilegal de votos de eleitores em Araguari, no Triângulo Mineiro. A operação Voto Livre foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e realizada com o objetivo de produzir provas da ilegalidade durante a investigação. Um candidato, de identidade e partido não revelados, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral, foram cumpridos na cidade no último sábado (14), véspera das eleições municipais, em comitês eleitorais e residências de alguns candidatos e pessoas envolvidas nas campanhas. De acordo com o MPMG, políticos e partidos teriam feito a compra de votos dos eleitores através de pagamentos que simulavam a remuneração por suposto trabalho como fiscais nas eleições de domingo (15). A prática é prevista como crime eleitoral, com pena de até quatro anos de prisão.
Além disso, os candidatos teriam prometido ajuda e benefícios em troca do voto, inclusive em relação a serviços públicos essenciais, como na área da saúde. O MPMG também investigou que um dos candidatos teria se beneficiado de um cargo público para intervir em favor dos eleitores, com objetivo de angariar votos de forma ilegal e abusiva.
Os materiais arrecadados serão objeto de análises e perícias a serem realizadas pelo Gaeco, com o intuito de obter provas dos crimes cometidos pelos investigados. A Operação Voto Livre contou com a participação de dois promotores de Justiça e 34 policiais militares. Leia mais:Cidade mineira vai ter o prefeito mais velho do Brasil, com 95 anosMinas tem quatro cidades entre as 57 que farão segundo turno no paísPrefeito que morreu na véspera da eleição é reeleito em Passa Quatro