70 este ano

Para conter perigos das chuvas, PBH deve realizar 200 obras em áreas de risco geológico até 2023

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
08/06/2022 às 12:01.
Atualizado em 08/06/2022 às 12:28
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Até 2023, devem ser realizadas em Belo Horizonte 200 obras para mitigação do perigo das chuvas em todas as regionais da cidade. A previsão é da prefeitura da capital, que lançou, nesta quarta-feira (8), o Programa de Gestão do Risco Geológico-Geotécnico. Os trabalhos são voltados para encostas e já foram iniciados. 

Ainda este ano, a PBH pretende concluir, até o início do período chuvoso, em outubro, 70 obras emergenciais, com orçamento de R$ 76 milhões. Quinze já estão em execução. 

“É na seca que se combate os efeitos da chuva. Identificamos mais ou menos 200 áreas que hoje correm risco de, com uma chuva forte, ter encostas caindo e as casas que estão lá, derruídas. Além de eventuais mortes se não conseguimos atuar lá na frente. Então decidimos fazer um trabalho prévio”, afirmou o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), durante coletiva concedida à imprensa nesta manhã.  

Todas as 200 intervenções, que têm valor total de investimento de aproximadamente R$ 118 milhões, devem beneficiar até 245 mil famílias. “Vamos fazendo as obras, algumas mais fáceis e outras mais complexas, até atingir toda a cidade. Então vamos continuar avaliando e estudando quais são as áreas que precisam ser atendidas. Acho que estamos dando um grande passo hoje para evitar riscos, mortes, desabamentos e uma série de situações ruins”, concluiu.

Entenda

O projeto será realizado em duas etapas, sendo a primeira de curto prazo, com injeção de recursos e execução de obras que já estão com planejamento executivo concluídos e dentro das que serão iniciadas ainda este ano; e de caráter continuado, onde será realizado diagnóstico a longo prazo, em busca de captação de recursos para trabalhos maiores. 

Na prática, serão realizadas intervenções para construção de muro de contenção e estabilização de encostas, drenagem e criação ou reparo de esgotos. 

Durante as intervenções, todas de caráter definitivo, não serão realizadas desapropriações de famílias. Ao menos é o que considera a PBH. Há, no entanto, a expectativa de que pessoas já retiradas de locais de risco anteriormente retornem às residências após o programa. 

“Hoje, estão no projeto de bolsa moradia, ou auxílio, 880 famílias provenientes de áreas de risco. Algumas retornarão com essas obras e outras irão aguardar até que possamos reassentar-las. E em algumas dessas obras, as famílias já estão fora do local. O sentido é executar e elas retornarem”, informou o Diretor-Presidente da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Claudius Vinícius. 

Além das 200

Ainda durante o evento realizado nesta manhã, a PBH informou que, além das 200 obras que serão feitas nos próximos 18 meses, consideradas mais "graves", outras ainda precisam ser consideradas. 

Há, no total, 800 espaços que necessitam de intervenções. É preciso, no entanto, captação de novos recursos. "Torcemos pelo melhor, mas preparamos para o pior", finalizou Claudius.

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