PBH decide invadir imóveis fechados com suspeita de criadouros de mosquito

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
16/02/2016 às 06:49.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:25
 (Evaristo Sá)

(Evaristo Sá)

Quase 60 dias após decretar situação de emergência por causa da dengue e com saldo de 2.383 pessoas contaminadas pela doença, a Prefeitura de Belo Horizonte decidiu, finalmente, endurecer as ações de combate ao mosquito vetor, o Aedes aegypti. A partir desta quarta (17), as vistorias aos imóveis da capital serão reforçadas com a ação de chaveiros. A medida tem como objetivo o acesso a casas abandonadas ou quando há recusa de permissão da visita.

A informação foi confirmada pelo coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Alexandre Lucas. “Esse é um outro planejamento, que vai começar na quarta-feira”, afirmou. As primeiras ações ocorrerão nas regionais Centro-Sul, Leste e Norte.

No último dia 2, o Hoje em Dia mostrou que, apesar de ter a favor mecanismos legais para invadir casas fechadas e multar “criadores” do mosquito – mesmo vetor do zika vírus e da febre chikungunya – , a prefeitura não o fazia há pelo menos nove anos.

Somente após a publicação de uma medida provisória de caráter federal – assinada pela presidente Dilma Roussef – é que o município decidiu agir com rigor. O texto, publicado em 1º de fevereiro, prevê o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares em situação de abandono ou com proprietário ausente, mas somente após duas tentativas de vistoria sem sucesso, num intervalo de dez dias.

Exército

Desta terça (16) até a próxima quinta-feira (18), moradores das regiões Leste, Noroeste, Norte, Oeste e de Venda Nova, na capital, consideradas áreas quentes para a transmissão da dengue na cidade, receberão visitas de agentes de saúde acompanhados por militares do Exército.

Os 270 militares serão distribuídos em 11 equipes, que percorrerão pontos específicos da cidade. “O diferencial da operação é o aproveitamento das características das Forças Armadas: credibilidade e capilaridade, já que podem estar em todos os cantos do país”, explicou o chefe da Seção de Comunicação Social da 4ª Região Militar de Minas, tenente-coronel Rolszt, durante treinamento dos agentes, na tarde dessa segunda (15).

No Brasil todo, 55 mil militares das Forças Armadas também se unirão aos agentes de saúde e percorrerão, até quinta, 270 municípios em busca de criadouros do mosquito.

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