Sinais de violência

Perícia descarta abuso sexual em bebê de 6 meses que morreu em Ouro Preto; investigações continuam

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
05/07/2023 às 09:43.
Atualizado em 05/07/2023 às 15:52
 (Polícia Civil MG)

(Polícia Civil MG)

Uma perícia médica-legal da Polícia Civil (PCMG) descartou a possibilidade de abuso sexual contra uma bebê de 6 meses, que morreu no último sábado (1º), após dar entrada na Santa Casa de Ouro Preto, na região Central de Minas, com parada cardiorrespiratória e sinais de violência sexual e física. Os pais estão presos.

Os médicos que atenderam a bebê acionaram a Polícia Militar, após identificarem sinais de violência no corpo da criança. De acordo com o boletim de ocorrência, após o óbito, os médicos constataram sinais de violência sexual. 

A delegada de polícia Celeida de Freitas Martins, explicou o resultado do laudo pericial e disse que não havia nenhum indício de abuso sexual contra a criança. 

“Houve o levantamento da hipótese de um posibvel abuso sexual, uma vez que a criança apresentava um estufamento anal. No entanto, após  a realização da perícia médica legal afastou-se qualquer abuso. Esse estufamento, de acordo com a medicina legal, é um fenômeno pós mortem comum de acontecer”, esclareceu a delegada.

As investigações continuam na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Ouro Preto, que apura as causas e circunstâncias da morte.

Relembre o caso

A bebê chegou na Santa Casa de Ouro Preto com um quadro de parada cardiorrespiratória e sinais de violência sexual e física. Os médicos tentarem técnicas de reanimação por mais de 30 minutos, mas sem sucesso, o que resultou na morte da criança. O casal, de 21 e 29 anos, foi preso na noite de sábado (1º).

Os sinais de violência no corpo da criança levaram os profissionais a suspeitarem que ela havia sido agredida. Haviam marcas no rosto não compatíveis com uma queda da própria altura, conforme relatado pelos pais. Na avaliação dos médicos, as marcas haviam sido feitas há dois ou três dias.

Aos militares a mãe da vítima contou que estava na casa do namorado e que deixou a filha deitada na cama do casal, sob responsabilidade do parceiro, que foi tomar banho. Passado algum tempo, teria percebido o choro do bebê. Ela teria ido então ao quarto e encontrou o namorado reclamando que a filha havia caído da cama e que precisava ir ao hospital. A mulher relatou ainda que parecia que a criança estava tendo uma crise convulsiva. Ela alegou que levou a filha ao hospital com vida. 

Na versão do homem, ele deixou a bebê na cama de casal, foi até a cozinha para fazer um lanche, e que ficou “no máximo cinco minutos” longe dela. Momentos depois ele ouviu um barulho e o choro da menor, percebeu a gravidade da queda e a socorreu imediatamente para o hospital. Ele negou ter praticado qualquer violência física ou sexual contra a filha. 

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