A Polícia Civil apresentou nesta quarta-feira (4) a conclusão do inquérito sobre o acidente que matou a cantora Marília Mendonça, em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, no Leste de Minas. A investigação atribuiu a responsabilidade da queda da aeronave ao piloto e co-piloto. O avião se chocou com linhas de transmissão das torres próximas ao aeroporto.

Na avaliação dos investigadores, a tripulação atuou com “negligência” e “imprudência”, o que levou ao indiciamento dos pilotos por homicídio culposo. No entanto, segundo a PC, foi sugerido à Justiça a “extinção da punibilidade” e arquivamento do inquérito em função das mortes, o que é previsto pelo Código Penal.

A conclusão do inquérito policial, que tem cerca de 275 páginas, também descartou falha técnica na aeronave e mal súbito do piloto. Até mesmo uma  hipótese de atentado chegou a ser investigada.

Segundo o delegado da regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, no decorrer das apuraçẽos os policiais identificaram que o piloto “alongou a perna do vento”, “não seguiu os padrões operacionais” do plano de vôo e saiu da zona de proteção do aeródromo do município.

Relembre a tragédia

Além de Marília Mendonça, morreram no acidente o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira. Todos foram vítimas de politraumatismo.

O acidente ocorreu em 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga. O avião estava em situação regular. A aeronave decolou de Goiânia (GO). Os tripulantes seguiam em direção a Caratinga, onde a artista faria um show naquela noite.

Compartilhar