O Cruzeiro é o primeiro clube a desistir de participar da Primeira Liga, competição que reuniria clubes do Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Presidente do clube mineiro e da Liga, Gilvan de Pinho Tavares, teve sérios desentendimentos com a cúpula do torneio no último encontro e decidiu não participar mais da competição. Ainda segundo Gilvan, outros clubes também não concordam com os termos da Liga, como o Flamengo, mas ainda não confirmaram se jogam ou não.
“O Cruzeiro não vai mais participar da Sul Minas. Surgiram questões dentro da Liga que foram conturbadas. O Cruzeiro não concordou e outros clubes também. Não sei se eles vão fazer como o Cruzeiro e sair, mas o Cruzeiro não vai mais participar. A Liga neste momento não interessa mais ao Cruzeiro”, confirmou Gilvan durante a apresentação do novo técnico do time estrelado.
Inicialmente, o mandatário celeste seria o dirigente máximo da associação independente de clubes, com o ex-atleticano Alexandre Kalil como seu diretor-executivo. Contudo, no início deste mês, um movimento para dar força a Mario Celso Petraglia, do Atlético-PR, começou a balançar as estruturas da competição.
A divisão de cotas de transmissão de TV, com o Flamengo sendo privilegiado, também desagradou a alguns integrantes. Devido a esses imbróglios, Cruzeiro, Fluminense e Flamengo já ameaçavam deixar a competição. Segundo o mandatário cinco estrelas, quaestões financeiras relacionadas à competição foram fundamentais para a radical postura de abandonar a competição. Como ainda não havia sido acertado com nenhuma emissora de televisão, a transmissão do torneio, Gilvan acredita que a disputa não seria vantajosa neste momento.
"A Liga não interessa ao Cruzeiro. A gente precisa administrar e dirigir o futebol como empresa. Futebol, você não pode dirigir com ambição. Para jogar futebol, o clube precisa ser remunerado. Você não pode fazer torneio sem uma cota de televisão, com despesas de clubes que passarão por aperto financeiro. Discordamos de coisas que aconteceram na última reunião da Liga. Diante disso, trouxemos isso para a diretoria do Cruzeiro. Com unanimidade, decidimos que o Cruzeiro não deveria correr riscos de disputar um torneio que não será rentável", completou.