Polícia vai ouvir funcionária do Café com Letras que alega ter sido estuprada

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
31/01/2017 às 10:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:38
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

A Polícia Civil ouvirá, ainda nesta semana, a auxiliar de cozinha do Café com Letras, vítima de suposto caso de estupro envolvendo um chef de cozinha do estabelecimento. A corporação informou que espera o depoimento da vítima para colher detalhes a respeito do caso.

Ainda não há informações a respeito de quando o suspeito será ouvido pela Polícia Civil. O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher, do Idoso e da Pessoa com Deficiência.

Relembre

De acordo com o relato na rede social, a jovem teria sido assediada por várias vezes pelo chef e, como era casada e precisava trabalhar, não denunciou o homem."Convites para ir ao motel, propostas de empréstimos em troca de sexo, tapas na nuca (...) e outras frases que eu nem gostaria de repetir aqui como ‘seus peitos vão caber direitinho na minha boca". A jovem se calou, com medo de perder o emprego, renda crucial para sustentar os 4 filhos", publica uma amiga da auxiliar de cozinha. 

Ainda de acordo com o texto, o chef teria tentado estuprar a funcionária. Ele a teria levado até o carro, puxado o avental dela, abaixado as calças, pegado a mão dela e levado até seu órgão genital. Mas ela teria conseguido fugir. Após o incidente, a jovem teria adoecido e foi afastada do trabalho pelo psiquiatra. O Boletim de Ocorrência foi registrado algumas semanas depois. 

O Café com Letras informou também em publicação no Facebook que todas a medidas necessárias que o caso exige foram tomadas, inclusive o afastamento do chef em questão. "Ao longo dessa longa história é a primeira vez que um funcionário foi acusado de assediar outro. (...) E o que o Café fez? Em primeiro lugar, escutou o relato das pessoas. Em seguida, tomou o curso de ação que julgou mais apropriado. A partir do momento que a direção soube do acontecido, que aconteceu no dia 15 de janeiro, o processo durou cerca de 48 horas. O chefe de cozinha foi formalmente afastado da empresa para que se pudesse averiguar os fatos em profundidade". 

Quanto à funcionária, ela foi mantida na empresa e recebeu atendimento médico. "No caso em questão agendamos médicos, acompanhamos ao hospital e prestamos todo o apoio necessário. E, sim, o Café manteve a funcionária em seu quadro por julgar que o melhor caminho a ser tomado era preservar a sua fonte de renda. Se nossa atitude foi incorreta, pedimos desculpas e nos comprometemos a mudar".

A Polícia Militar confirmou o registro do Boletim de Ocorrência.  A Polícia Civil não passou detalhes da investigação.

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