Sites falsos

Porsche e Range Rover avaliados em R$ 1 milhão são apreendidos em investigação de esquema criminoso

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
23/06/2023 às 15:43.
Atualizado em 23/06/2023 às 15:49
 (Divulgação / Polícia Civil)

(Divulgação / Polícia Civil)

Operação da Polícia Civil (PCMG) desarticulou um esquema criminoso de dois sócios que vendiam produtos eletrônicos em sites falsos, na modalidade de dropshipping, quando o revendedor não mantém os produtos em estoque, mas oferta e comercializa os itens. 

A ação foi realizada na quarta-feira (23) mas só foi divulgada nesta sexta (23). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços na região Noroeste de Belo Horizonte. Os policiais apreenderam dois relógios de luxo, estimados em aproximadamente R$ 100 mil, e dois carros de luxo, avaliados em cerca de R$ 1 milhão. Um dos investigados, de 28 anos, foi preso. O outro não foi localizado.

A delegada Stefhany Martins, que coordena as investigações, explica que os suspeitos faziam uma mediação entre os fornecedores (da China) e o consumidor final. “Nesses produtos que eram comercializados pelos suspeitos, nós descobrimos que tinham produtos falsificados e também produtos que são chamados do ‘mercado cinza’, que são aqueles originais da China, mas que não foram homologados pela Anatel”, disse.

Segundo a PCMG, durante a ação foram apreendidos equipamentos eletrônicos utilizados pelo investigado, além de uma quantidade significativa de produtos não licenciados e falsificados.

“O que nós arrecadamos, em relação a materiais, refere-se a devoluções feitas por clientes”, esclarece o delegado Magno Machado.

Esquema criminoso

As investigações da Polícia Civil apuraram que os suspeitos vendiam os produtos como se fossem do site oficial de uma famosa marca de eletroeletrônicos da China. Os sócios inclusive faziam uso indevido do endereço e do CNPJ da loja oficial, que tem representação exclusiva da marca no Brasil, em São Paulo. Com este esquema, os clientes acreditavam estar comprando produtos originais e licenciados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 

De acordo com o delegado Machado, os suspeitos teriam utilizado vários sites, já que, quando um adquiria grande quantidade de reclamações, outro era criado.

Após a ação policial, os sites falsos foram inativados. As investigações continuam para quantificar o prejuízo causado pelos investigados às vítimas.

Os dois suspeitos irão responder por estelionato (na modalidade fraude eletrônica), crimes contra a relação de consumo e lavagem de dinheiro.

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