(Divulgação/ Prefeitura de Itaúna/ Mariana Rezende)
O prefeito de Itaúna, Neider Moreira de Faria, foi denunciado pelo Ministério Público pelo esquema de rachadinha entre abril de 2018 e março de 2021, visando à reeleição nas eleições de 2020.
O MP também denunciou, pelo mesmo crime, o ex-secretário municipal de Regulação Urbana e o então chefe de Gabinete e atual secretário municipal de Finanças, de Itaúna, na região Centro-Oeste.
Segundo as investigações, sob o comando do prefeito, o ex-secretário municipal de Regulação Urbana exigia de vários servidores que ocupavam cargo em comissão contribuíssem para a campanha eleitoral devolvendo 3% de seus salários em dinheiro vivo, sob pena de exoneração.
As investigações mostraram que o ex-chefe de Gabinete e atual secretário municipal de Finanças participou do esquema uma vez.
O MP pediu que o prefeito e o secretário municipal de Regulação Urbana sejam condenados pelo crime de extorsão com pena prevista no Código Pena de 4 a 10 anos de prisão, além de multa.
Já o pedido de condenação do Chefe de Gabinete é pelo crime de exigir para si ou para os outros, direta ou indiretamente , ainda que fora da função ou antes de assumi-la, vantagem indevida. A pena de reclusão varia de dois a oito ano, além de pagamento de multa.
A 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Itaúna encaminhou o resultado da investigação à Procuradoria de Justiça Especializada. No levantamento há a gravação da denúncia da rachadinha feita por um vereador durante uma sessão plenária da Câmara Municipal, em abril de 2018. E também um print de um “bate papo” entre o ex-secretário municipal e servidores, pelo whatsaap.
O crime de rachadinha foi confirmado durante as audiências do MP pelos servidores que ocupavam o cargo de comissão. Eles afirmaram que o ex-secretário municipal de Regulação Urbana exigia a contribuição em dinheiro, sob ameaça de perderem o emprego.
Durante o depoimento, uma testemunha afirmou que o ex-secretário municipal solicitou que ela contribuísse “para o partido” com parcelas de 100, 130 e 150 reais, devendo entregar o envelope com o dinheiro na secretaria.
Outra servidora, que se recusou a contribuir, afirmou que só não foi exonerada porque estava grávida.
Nós entramos em contato com a Prefeitura de Itaúna, mas ainda não obtivemos resposta. Nós procuramos também Neider Moreira de Faria e aguardamos o retorno.
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