Com a aproximação do mês de julho e, consequentemente, das férias escolares e dos ventos mais intensos, essa combinação é ideal para que as pipas ganhem o céu de Belo Horizonte. O problema é que essa brincadeira pode esconder um elemento perigoso: a linha com cerol. Pensando nisso, a Prefeitura de BH vai promover uma série de ações de conscientização contra a "linha chinesa" (fabricada com cerol), incluindo a distribuição de antenas de proteção para motoqueiros.
Durante a 6ª edição da campanha "Cerol Mata", estão previstas palestras educativas em escolas da rede municipal e blitze preventivas em áreas de grande circulação de veículos. Equipes do Grupamento de Trânsito também farão abordagens de ciclistas e motociclistas para distribuir materiais educativos e antenas de proteção.
De acordo com os dados da Inspetoria de Estatísticas da Guarda Municipal, em 2018 foram registrados 161 casos de apreensões, incluindo carretéis e rolos de linha chinesa. Em 2019, houve uma redução considerável, com apenas 22 ocorrências registradas. No entanto, em 2020 o número voltou a crescer e atingiu 230 apreensões.
O ano de 2021 registrou um crescimento alarmante, com 1.992 apreensões realizadas pela Guarda Municipal. Em 2022, voltou a aumentar, alcançando 2.788 apreensões. Apenas nos primeiros seis meses de 2023, já foram apreendidos 334 pacotes contendo linhas cortantes.
A legislação municipal proíbe o uso de linhas cortantes (com cerol ou linha chinesa), ficando o responsável sujeito ao pagamento de multa que varia de R$ 100 a R$ 1,5 mil. Nos casos em que o material causar ferimentos ou morte, o infrator poderá ser punido criminalmente.
Caso algum cidadão identifique a venda de linha chilena, é possível fazer a denúncia pelos telefones 153, da Guarda Civil Municipal, e 190, Polícia Militar, bem como pelo Disque-Denúncia (181).
Leia mais:
Comissão aprova mudanças no Estatuto do Desarmamento, incluindo registro de arma não declarada
Idoso fica ferido após a casa em que estava ser atingida por um ônibus em Coronel Murta