Foram presos na manhã desta quarta-feira (26) mais dois homens apontados como integrantes da quadrilha acusada de vários assaltos a bancos e do assassinato do cabo Marcos Marques da Silva e de um vigilante de banco na cidade de Santa Margarida, região da Zona da Mata, no início do mês. Um deles foi identificado pela Polícia Civil como o possível chefe da organização criminosa que há dois anos vinha roubando bancos de cidades pequenas mineiras.

Além das duas prisões, a Polícia Civil cumpriu nesta manhã nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Orizâmia, Divino e Fervedouro, onde morava A.P., de 44 anos, conhecido como Cazel, apontado como chefe da organização. “Conseguimos comprovar que A. estava presente no assalto a banco em Santa Margarida e convencemos o juiz que era necessária a prisão”, afirma Felipe Ornelas Caldas, delegado em Matipó, também na Zona da Mata.

Já o outro preso M.H., de 21 anos, conhecido como Curupira, seria uma espécie de “olheiro” da quadrilha, passando informações valiosas para os bandidos. Havia outro mandado de prisão contra ele, que também foi cumprido, por um roubo cometido em Tombos.

Todos os mandados de busca são em casas de pessoas investigadas por terem alguma relação com a organização. Foram feitas, inclusive, buscas na residência e escritório de um homem que seria advogado da quadrilha. Foram apreendidos diversos documentos, que serão analisados nas investigações. 

Santa Margarida

Logo após o crime em Santa Margarida, ocorrido no dia 10, foram presos quatro homens acusados de participar do crime. “Estávamos certos de que eles não eram os únicos envolvidos no assalto, pois já vínhamos investigando essa quadrilha há mais tempo. Sabíamos que os quatro presos eram só peões da organização”, diz o delegado.

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Segundo Caldas, o primeiro roubo da quadrilha teria sido em julho de 2015 em um banco localizado no município de Santa Margarida, quando levaram R$ 357 mil. Depois disso, bancos de cerca de 15 cidades pequenas das regiões Leste de Minas e Zona da Mata foram assaltados. Barra Longa, Alto Jequitibá, Caparaó, Piedade de Ponte Nova, Fervedouro e São Pedro dos Ferros são algumas cidades presentes na lista. “Eles escolhem cidades pequenas, onde o policiamento é menor”, explica o delegado.

O inquérito sobre latrocínio em Santa Margarida foi concluído nesta quarta, mas a investigação sobre a quadrilha deve prosseguir. As delegacias de Manhuaçu, Matipó, Muriaé e Tombos participam das investigações.  Polícia Civil/Divulgação / N/A

Homem conhecido como Curupira é suspeito de ajudar a quadrilha

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