Primeiro dia de greve tem estações vazias e reforço policial

Hoje em Dia (*)
24/02/2014 às 08:34.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:14
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

Os usuários do transporte coletivo enfrentam dificuldades, na manhã desta segunda-feira (24), primeiro dia de greve dos rodoviários, em Belo Horizonte. Alguns pontos de ônibus ficaram cheios de passageiros a espera dos veículos que não saíram das garagens. Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana, cerca de 70% dos trabalhadores aderiram a paralisação, mas o número de pessoas afetadas ainda não foi mensurado. E para garantir a ordem durante o movimento dos trabalhadores, a Polícia Militar enviou militares às principais estações da cidade, como no Barreiro, Diamante, Vilarinho e Venda Nova, onde os serviços estão totalmente paralisados. As linhas 62 (Estação Venda Nova/Savassi – via hospitais) e a 33 (Estação Barreiro/Centro Hospitais) estão operando parcialmente sem passar nas estações.

Na Estação Barreiro, a doméstica Maria Imaculada Marchensie foi pega de surpresa, já que não sabia da greve. Ela chegou ao local às 5h10, mas duas horas depois nenhum ônibus havia passado. A solução veio após uma ligação da patroa que ofereceu carona.

Uma nota divulgada pela BHTrans informa que na Estação São Gabriel as 19 linhas alimentadoras que circulam nos bairros operam normalmente, fazendo a integração com o metrô. Na Estação José Cândido, duas das três linhas da estação estão circulando com intervalos maiores. Em números seriam cerca de 25% das garagens do transporte coletivo de BH operando normalmente, 22% parcialmente e 53% paralisadas. Nos principais corredores da cidade o trânsito está intenso e agentes da BHTrans estão empenhados nas operações.

Depredações

Pelo menos cinco veículos foram quebrados neste primeiro dia de greve, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). Duas das ocorrências teriam sido registradas no bairro Céu Azul, região da Pampulha, e no bairro Floramar, região Norte da cidade.

Greve

A decisão pela greve foi tomada durante assembleias realizadas na última quinta-feira (20). O sindicalista Ronaldo Batista disse que a decisão foi tomada após cinco reuniões com representantes do Sindicato dos Proprietários das Empresas de Ônibus sem se chegar a nenhum acordo. “Durante todos esses encontros, as discussões não chegaram a lugar nenhum e os patrões não anunciaram nenhum índice de reajuste, o que levou os trabalhadores a parar”, afirmou.
 
Reivindicações
 
Batista informou que os trabalhadores estão pedindo reajuste de 21,5% de aumento, redução da jornada de trabalho para seis horas (atualmente é de oito horas) e que o piso salarial para trabalhadores que vão atuar no sistema Move, da BHTrans, seja 30% maior do que o valor pago ao condutor do transporte convencional. O piso hoje é de R$ 1.585. Querem também o fim de dupla função para motoristas que são obrigados a fazer cobranças de passagens em veículos sem cobradores.
 
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Proprietários das Empresas de Ônibus informou que, por enquanto, a diretoria da entidade não tem nenhuma posição com relação ao anunciado movimento dos motoristas, trocadores e fiscais. A mesma posição foi adotada pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), onde a assessoria de comunicação informou que não existia nenhuma posição sobre o assunto. Atualizada às 12h14

(*) Com informações de Gabi Santos

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