Recomposição de 71%

Professores das Universidades Estaduais mantêm paralisação por melhores salários

Vanda Sampaio
vsampaio@hojeemdia.com
22/03/2022 às 21:38.
Atualizado em 22/03/2022 às 21:45
 (Adueng / Divulgação)

(Adueng / Divulgação)

Professores da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG)  e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) decidiram manter a paralisação, em assembleia virtual realizada nesta terça-feira (22).

A categoria conseguiu agendar uma reunião com a Secretaria de Planejamento para o próximo dia 28. A expectativa é de que as negociações com o governo avancem. 

A greve começou na última sexta-feira (18 ). A categoria reivindica recomposição de 71% das perdas inflacionárias entre 2012 e 2021. 

Os professores também querem o cumprimento do acordo de greve de 2016 assinado com o governo, mas que, segundo a categoria, não foi cumprido em 2019. 

(Adueng / Divulgação)

(Adueng / Divulgação)

O documento prevê as incorporações das gratificações ao vencimento básico que é suspenso, por exemplo, em casos de licença-maternidade ou para cursar pós-doutorado. 

“Temos os piores salários das universidades públicas do país”, afirma o vice-presidente da Associação dos  Docentes da Universidade Estadual de Minas Gerais (Adueng), Cássio Diniz. 

Atualmente, o vencimento básico de um docente com mestrado é de R$ 2.764 e de R$ 3.981 para os professores com doutorado, para 40 horas semanais de trabalho, de acordo com a Adueng.  “É muito pouco para lecionar, fazer pesquisas e ainda cuidar da parte administrativa”, reclama afirma Cássio. 

“Nossa luta é por melhores salários e também pela valorização da universidade pública, que tem perdido nomes importantes para instituições de ensino de outros estados e de outros paises”, diz o professor.  

Hoje há 21 unidades de universidades estaduais em Minas, com 1.500 professores efetivos e contratos em regime precário, segundo o vice-presidente da Associação, além dos selecionados em processos seletivos simplificados.  

Em nota, o Governo de Minas, informou que já enviou para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que prevê reajuste salarial de 10,6% para todos os servidores estaduais. 

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