REAJUSTE SALARIAL

Professores de escolas particulares de Minas voltam a paralisar atividades nesta quarta

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
31/05/2022 às 17:51.
Atualizado em 31/05/2022 às 18:02
 (Divulgação / Sinpro-MG)

(Divulgação / Sinpro-MG)

Professores de escolas particulares de Belo Horizonte e de mais 400 municípios mineiros cobertos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) definida pelo sindicato da categoria vão paralisar as atividades nesta quarta-feira (1º). Os educadores não concordam com  a proposta apresentada pelos donos de escolas nas negociações da campanha salarial deste ano.

Uma nova assembleia da categoria vai decidir se os professores irão optar ou não pela paralisação. Na última semana (24), os professores aprovaram o estado de greve. Com isso, já podem paralisar as atividades por tempo indeterminado.

Segundo o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), a proposta dos donos das escolas favorece a perda de direitos trabalhistas dos educadores.

De acordo com o Sinpro-MG, o sindicato patronal - Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe MG) - quer, por exemplo, “retirar o desconto da bolsa de quem atrasar a mensalidade, aumentar o número de situações que permitem reduzir a carga horária dos professores sem ter de indenizá-los".

Outras medidas propostas pelos patrões e que são questionadas pelos professores é a inclusão na CCT de uma cláusula de “controle alternativo de jornada”. Isso cria, segundo os professores, oportunidade para a escola não registrar nem pagar horas extras dos trabalhadores.

A presidente do Sinpro-MG, Valéria Morato, afirma ainda que o patronal quer dividir a categoria, ao propor uma CCT diferente para os docentes do ensino superior. O percentual de reajuste salarial é de 5% para a educação básica e 4% para o ensino superior, índices abaixo da inflação oficial.

“Nenhum direito a menos! Exigimos respeito e valorização profissional”, diz Valéria Morato.

O novo encontro dos professores é nesta quarta (1º), às 10h, no pátio da Assembleia Legislativa (ALMG), no Santo Agostinho, região Centro-Sul de BH.

O Hoje em Dia entrou em contato com o Sinepe-MG e aguarda retorno. 

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