Operação Inclusão Digital

Quadrilha é presa suspeita de desviar equipamentos de Wi-Fi gratuitos em BH

Suspeitos são funcionários de uma empresa de tecnologia que presta o serviço para a prefeitura da capital

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
13/12/2023 às 10:44.
Atualizado em 13/12/2023 às 13:17
 (Fernando Michel/Hoje em Dia)

(Fernando Michel/Hoje em Dia)

Pelo menos quatro pessoas foram presas, na manhã desta quarta-feira (13), em uma operação da Polícia Civil que investiga uma quadrilha suspeita de desviar equipamentos que seriam destinados para fornecer internet Wi-Fi gratuito em vilas e favelas de Belo Horizonte. Um quinto suspeito está foragido.

De acordo com a Polícia Civil (PCMG), os investigados são funcionários de uma empresa que presta o serviço de instalação da internet gratuita nos locais para a Prefeitura de Belo Horizonte. A ação, intitulada 'Inclusão Digital', cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e outros cinco de prisão.

“Um foi preso em flagrante pelo crime de receptação, uma vez que foi encontrado em posse desses transmissores. Os outros estão presos provisoriamente para o cumprimento de mandado de prisão temporária em função das investigações”, afirmou Arthur Vieira, delegado do caso.

As buscas, apreensões e prisões foram feitas em Belo Horizonte, Ribeirão das Neves e Pedro Leopoldo. Celulares foram apreendidos pelos policiais. Outros equipamentos furtados são procurados.  

As investigações apontam que os suspeitos, que seriam os instaladores da empresa, sabotavam a conexão à internet e posteriormente iam até os locais para efetuar o suposto reparo. Em seguida, furtavam o equipamento. O destino final era o mercado clandestino, onde eram vendidos para receptadores por até R$1,7 mil.

Após cometerem os crimes, os indivíduos reportavam os casos à empresa como “furto”. Por conta da perda do equipamento, a PBH era acionada pela prestadora para disponibilizar mais verba para a aquisição e instalação de novos aparelhos. Segundo o delegado Arthur Vieira, a empresa não possui qualquer ligação com a quadrilha e foi uma das grandes lesadas pela quadrilha.

“O prejuízo para a empresa terceirizada é de R$2 milhões. Cada instalação custava cerca de R$21 mil. Não houve prejuízo para os cofres públicos”, afirmou.

Sobre os consumidores desse tipo de equipamento, Vieira detalhou o que levava as pessoas a comprarem o produto furtado.

“Pessoas do ramo, que trabalham com internet. Esse aparelho pode inclusive ser usado em casa. Quem entende consegue reiniciar o aparelho e estabelecer conexão, pois a internet é muito boa”, detalhou.

Procurada, a Prefeitura de BH informou que "desconhece os fatos relatados e esta à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários".

*Estagiário sob supervisão de Gledson Leão

Leia mais:
Cecília Barreto lança disco autoral com show gratuito no Cine Teatro Brasil
Operação do MPMG mira quadrilha suspeita de tráfico de drogas na Grande BH

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por