Quatro são demitidos por agressões a aluno autista dentro de escola municipal

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
12/08/2017 às 13:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:03
 (Reprodução TV Record)

(Reprodução TV Record)

Quatro funcionários da escola Municipal Eliza Buzelin, de Venda Nova, foram demitidos nesta sexta-feira (11). Entre eles, o auxiliar de apoio à inclusão que aparece em fotos e vídeos agredindo um aluno autista de 10 anos.

A informação foi confirmada por nota da Secretaria de Educação de Belo Horizonte. “Para entendimento do ocorrido, a Gerência Regional de Ensino de Venda Nova (Gered) ouviu todas as pessoas citadas na denúncia. Caso se verifique que outras pessoas da unidade estavam cientes ou envolvidas na situação, elas também serão devidamente responsabilizadas”, diz o texto.

Além da Corregedoria Geral do Município, o caso foi encaminhado à pela Polícia Civil, à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente e ao Ministério Público de Minas Gerais.

Segundo a secretaria de educação, a comunidade escolar será informada sobre o andamento das investigações. Durante o processo, representantes da Gerência Regional de Ensino de Venda Nova estarão na escola.

Caso bárbaro

Na última quinta-feira (10), Kátia Alves Dourado denunciou que o filho era agredido na escola Municipal Eliza Buzelin. Embora ela observasse que a criança voltava machucado das aulas desde dezembro do ano passado, a confirmação foi possível após a mãe ter acesso a imagens feitas durante uma aula de informática, enviadas a ela de forma anônima.

No vídeo, o menino aparece deitado no chão, enquanto o monitor está no computador. Depois, o monitor pega o menino e o senta na cadeira de forma brusca e o intimida. "Vou levar ele pra tomar injeção agora, aí ele vai ver o que é bom para tosse", diz.

Na cena seguinte, o monitor parece morder a orelha do aluno; depois debruça sobre ele, enquanto o menino parece chorar. Quando o garoto se levanta, o monitor dá tapas no rosto dele. Na última cena, o menino aparece amarrado e sentado no chão, com as mãos presas. Ao fundo, é possível ouvir a voz do monitor: "sai da algema, sai rapaz".

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