JULGAMENTO

Reconstituição de morte de caminhoneiro por delegado é aceita; audiência é marcada

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
19/10/2022 às 12:07.
Atualizado em 19/10/2022 às 12:36
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia )

(Maurício Vieira / Hoje em Dia )

A Justiça aceitou nesta quarta-feira (19) o pedido de reconstituição do caso do delegado Rafael Horácio, que matou a tiros o motorista Anderson Cândido de Melo, após discussão de trânsito, em Belo Horizonte, em 26 de julho. O agente de segurança se tornou réu na segunda-feira (17) após o judiciário aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP). 

A decisão é da juíza Bárbara Heliodora Quaresma Bonfim, do 1º Tribunal do Júri de BH. De acordo com o documento, o delegado será julgado por homicídio em audiência de instrução e julgamento do caso marcada para 9 de novembro de 2022, às 9h, no Fórum Lafayette.

Ainda conforme a magistrada, uma reconstituição do crime será marcada, mas a data permanecerá sob sigilo "para evitar aglomeração de pessoas".

O delegado está preso desde 30 de julho. A Corregedoria-Geral indiciou Rafael Horácio por homicídio qualificado e representou pela decretação da prisão preventiva. Também nessa segunda, a juíza Barbara Heliodora negou o novo pedido da defesa para revogação da prisão preventiva. 

Relembre o caso 

Uma discussão de trânsito teria motivado o disparo que causou a morte de Anderson Melo, segundo informações do boletim de ocorrência. O motorista do caminhão reboque teria fechado o carro em que estava o delegado, e os dois teriam começado a discutir. O caso aconteceu na avenida do Contorno, altura do Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Em depoimento, o policial civil alegou que agiu em legítima defesa. Segundo ele, a vítima teria fechado a viatura, que estava descaracterizada. O delegado teria, então, acelerado e parado à frente do caminhão e, em seguida, se identificado e ordenado que o motorista descesse do veículo.

O motorista do caminhão teria desobedecido e acelerado contra a viatura, momento em que o delegado atirou.

Anderson Melo chegou a ser socorrido no hospital João XXIII dentro de uma viatura do Denarc, onde passou por um procedimento cirúrgico. Mas não resistiu e morreu. 

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