A população de Montes Claros está com o atendimento pré-hospitalar escasso devido a falta de estrutura para realizar transporte de pacientes em casos que este serviço seja necessário, em quase 80% das ocorrências, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Macro Norte. Desde segunda-feira (3) a instituição, que possui um total de 75 macas, está sem o equipamento para prestar socorro.
Um total de 39 macas estão quebradas por mau uso e outras 36 estão retidas nos quatro hospitais da cidade, informou a instituição. As macas, muitas vezes, são usadas como leito por longo período enquanto estão nessas unidades de saúde e, por não ter essa finalidade, elas acabam danificadas. O Samu Macro Norte afirma que o ideal seria que cada hospital tivesse sua própria estrutura para receber esses pacientes.
Em caso de necessidade de transporte, o Corpo de Bombeiros podem fazer esse atendimento, no entanto, possui apenas três ambulâncias para este tipo de serviço e não corresponde à demanda do município.
De acordo com a Santa Casa de Montes Claros e o Hospital Universiário Clemente de Faria (HUCF), ambos os hospitais se encontram superlotados e, com isso, foram obrigados a reter as macas do Samu. O HUCF informou ainda que está "providenciando a remanejamento de pacientes, o que implicará na liberação breve dos equipamentos".
A Fundação de Saúde Dilson de Quadros Godinho e o Hospital Aroldo Tourinho afirmaram que não possui nenhuma maca do Samu em suas unidades. De acordo com o primeiro, dificilmente acontece de algum equipamento ficar retido lá, pois o hospital atende, normalmente, casos específicos de cardiologia. O segundo informou que o Samu tem acesso livre dentro do hospital para recolhimento das macas e que todas são recolhidas constantemente.