A morte de um menino de 10 anos supostamente por febre maculosa é investigada pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA). A criança faleceu no último dia 4 depois de frequentar o Parque Ecológico da Pampulha. O local é habitat de capivaras, um dos roedores hospedeiros do carrapato-estrela, responsável pela doença.

Materiais biológicos do menino foram coletados e estão sendo examinados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) para comprovar a causa do óbito. Mesmo sem a confirmação, o caso já ascendeu o alerta de pais, que em grupo de WhastApp estão recomendando não levar os filhos para a região Pampulha. Além do Parque Ecológico, os animais também são vistos na orla da lagoa.

Casos em BH

De acordo com levantamento da SMSA, nenhum caso de febre maculosa foi registrado na capital nos últimos dois anos. Das 62 notificações em 2015 e 15 em 2016, todas foram investigadas e descartadas pelas autoridades de saúde. Em Minas Gerais, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), Juiz de Fora liderou os casos de febre maculosa entre 2000 e 2015. Em seguida apareceram as cidades de Coronel Fabriciano e Santa Luzia.

Sintomas

No estágio inicial da doença, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), os sintomas incluem febre, em geral alta, dor de cabeça, dores musculares intensas, mal estar generalizado, náuseas e vômitos. Ao sinal dos primeiros sintomas o paciente deve procurar um centro de saúde e relatar que esteve em áreas propícias para a presença de carrapatos, uma vez que os sintomas são semelhantes a de outras enfermidades.

Prevenção ao frequentar locais propícios para a presença de carrapatos:

- Utilizar repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;
- Utilizar vestimentas longas e de cor clara, que permitem a fácil visualização dos carrapatos, além de calçados fechados e de cano longo são bastante importantes;
- Evitar sentar ou deitar em gramados nas atividades de lazer, como caminhadas, piqueniques ou pescarias;
- Examinar o corpo com frequência, tendo em vista que quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor a chance de infecção;
- Se verificada a presença de carrapatos, retirá-los com leves torções e evitando o esmagamento de seu corpo com as unhas (já que pode haver contato com a bactéria presente no animal dessa maneira);
- Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI’s) nas atividades desenvolvidas em ambientes propícios para a presença de carrapatos (macacões de manga comprida, meias e botas de cor clara);
- Manter pastos, lotes e áreas públicas sempre limpas, para evitar a proliferação de carrapatos;
- Utilizar carrapaticidas periodicamente em cães, cavalos e bois, conforme recomendações do profissional médico veterinário.SES/Divulgação

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