Saúde

Testes com humanos da vacina contra Covid-19 produzida pela UFMG devem começar ainda neste mês

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
03/10/2022 às 18:42.
Atualizado em 03/10/2022 às 18:57

Os testes em humanos da vacina brasileira contra a Covid-19, a SpiN-Tec, produzida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), devem começar até o fim deste mês. A liberação da fase clínica foi anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira (3).

De acordo com a pesquisadora Graziella Rivelli, do CT Vacinas da UFMG e doutora em Ciências Farmacêuticas, a vacina já se encontra em estágio avançado de testes. "Estamos na primeira fase do teste em humanos, de um total de duas fases. Nessa etapa, estamos em um estágio mais avançado".

As etapas são divididas da seguinte maneira: a primeira fase (parte A) é utilizada na escolha da melhor dose e avaliação de possíveis eventos adversos; na segunda etapa (parte B), será realizado testes para  avaliar a segurança da vacina.

A UFMG, agora, está em busca de voluntários para participarem dos testes clínicos, afirmou Graziella. "O ensaio clínico de Fase 1, que irá atestar segurança e reatogenicidade (capacidade de gerar reação) da vacina, já deve começar nos próximos dias e será realizado na Faculdade de Medicina da UFMG e no hospital Felício Rocho. Ao todo serão 432 voluntários, sendo 72 na parte A e 360 na parte B".

O público alvo para a primeira parte dos testes é composto por pessoas de 18 a 54 anos e, posteriormente, participantes de 55 a 85 anos. Qualquer pessoa pode participar, desde que se encaixe na faixa-etária e esteja apta, de acordo com critérios médicos.

A pesquisadora da UFMG disse que a expectativa é que a vacina já esteja disponível em 2024. "Com a realização dos ensaios clínicos Fase 3 e registro da vacina, que ainda não têm data exata, a expectativa é que o imunizante esteja disponível em 2024", afirmou Graziella Rivelli.

A SpiN-Tec promete ser uma inovação no mercado, de acordo com a pesquisadora. "A vacina produzida na UFMG tem como plataforma uma proteína recombinante, que difere de todas as que estão registradas e possui potencial de proteção frente a possíveis novas variantes (da Covid-19)".

Os estudos do imunizante estão sendo financiados pela UFMG, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Prefeitura de Belo Horizonte.

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