Quase 9 anos depois

Tragédia em Mariana: Vale, BHP e Samarco oferecem R$ 90 bilhões para novo acordo

Mineradora confirmou a proposta após o que ela chamou de 'vazamento de informações confidenciais'

da Redação
portal@hojeemdia.com.br
29/04/2024 às 20:48.
Atualizado em 29/04/2024 às 20:50
Tragédia em Mariana ocorreu em novembro de 2015, quando a lama inundou dezenas de cidades, causando a morte de 19 pessoas (Antônio Cruz / Agência Brasil)

Tragédia em Mariana ocorreu em novembro de 2015, quando a lama inundou dezenas de cidades, causando a morte de 19 pessoas (Antônio Cruz / Agência Brasil)

A mineradora Vale confirmou, nesta segunda-feira (29), ter feito uma proposta, junto à BHP, de R$ 90 bilhões para que seja assinado um novo acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana, região Central de Minas - ocorrido em novembro de 2015, que inundou dezenas de cidades e causou a morte de 19 pessoas.

A Vale confirmou a proposta após o que ela chamou de 'vazamento de informações confidenciais', referindo-se a uma matéria publicada nesta segunda pelo jornal O Globo, revelando o valor.

De acordo com o Fato Relevante, publicado aos acionistas e assinado por Gustavo Duarte Pimenta, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, o valor total é de R$ 127 bilhões, que inclui os "R$ 37 bilhões já investidos em remediação e compensação até o momento, um pagamento em dinheiro de R$ 72 bilhões pagável ao longo de determinado período ao Governo Federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios, e R$ 18 bilhões em obrigações de fazer".

Os valores da Proposta são de 100%, o que inclui uma contribuição de 50% da BHP Brasil e da Vale como devedores secundários, caso a Samarco não possa financiar como devedor primário.

A Samarco informou que a proposta "busca a segurança jurídica, quitação e a reparação completa e integral, atendendo às demandas da sociedade, sobretudo dos territórios diretamente afetados". Já a BHP Brasil afirmou que "segue disposta a buscar, coletivamente, soluções que garantam uma reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente".

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