As estradas federais mineiras foram palco de quase 35 acidentes a cada dia em 2017, somando 12.709. Os números colocam Minas Gerais como estado com o maior incidência de tragédias ao longo do ano. Em todo país, foram 89.318 ocorrências, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (19), pela Polícia Rodoviária Federal.

Apesar de o número de acidentes ter sido elevado, houve redução na comparação com o ano anterior. Em Minas Gerais, a queda foi de 11,17%, uma vez que em 2016 foram 14.308 casos. O número de feridos caiu 6,89% no Estado, passando de 14.117 para 13.143.

A notícia entretanto deixa de ser positiva quando analisada a estatística sobre o número de mortos nas tragédias. Os acidentes foram mais fatais, com 869 óbitos. No ano anterior, havia sido 822, uma diferença de 5,7%.

A PRF não apresentou justificativa para essa maior letalidade. “Seria necessária uma análise do perfil dos acidentes para sabermos porque foram mais mortes mesmo com menos acidentes. Podem ter ocorrido mais batidas frontais. Ou pode ter mais ônibus envolvidos. Mas não dá para afirmar nada com certeza ainda”, afirma o inspetor Aristides Júnior, porta-voz da PRF em Minas.

Segundo ele, a BR-381 se mantém como a campeã dos acidentes no Estado. “É uma rodovia com maior movimentação, com pontos críticos e fluxo intenso de caminhões”, afirma. Quanto a liderança do Estado nas tragédias do país, ele explica que o fato de ser a maior malha rodoviária do país pesa sobre essa estatística. “E Minas é um estado de ligação de vários outros. Muitos acidentes ocorrem com pessoas de outros estados”, afirma. No Brasil, as ocorrências deixaram 83.978 feridos e 6.244 mortos.

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